Trinta anos depois do acidente, Senna está presente nas Olimpíadas

Nenhum outro ex-atleta foi tão lembrado pela delegação brasileira em Paris até aqui quanto Ayrton Senna. Citado em entrevistas e presente em referências visuais, ele segue como referência para o esporte do Brasil 30 anos após sua morte.

"Eu não cheguei a ver o Ayrton Senna correr, não tive esse privilégio, mas acompanho todas as coisas dele, sou muito fã dele. Ele me motiva, me dá um norte como pessoa, como atleta, e nesses 30 anos nada mais justo de fazer essa homenagem no maior evento da Terra", explicou Pedro Gonçalves, o Pepê, de 31 anos, que disputou três provas de canaogem slalom com capacete customizado em referência ao icônico capacete de Ayrton.

Gustavo Bala Loka sequer foi contemporâneo do ex-piloto. Nasceu em 2002, oito anos depois da morte de Ayrton, mas competiu no BMX Freestyle com o quadro da bicicleta pintado com as cores do Brasil, na mesma tonalidade do capacete. "Quero mostrar algumas coisas do Brasil, e o Ayrton Senna é uma inspiração", explicou ele.

Já Rodrigo Pessoa, que em Paris disputou sua oitava Olimpíada, tinha um broche com o capacete preso ao seu boné durante enquanto circulava pela arena montada em Versalhes. Nascido em 1972, já era atleta olímpico quando Ayrton morreu.

Tantos anos depois, a forma como Ayrton se comportava é citada como referência até pela nova estrela do esporte brasileiro (mesmo sendo dos EUA), Simone Biles. "É muito legal poder representar um país, ser orgulho, ser referência. É algo que vou levar comigo. É como a gente vê o Senna, como a gente vê outros esportistas. A gente pensa: 'Caramba, olha como foi gigante, olha como inspira, olha como ele age, olha como ele falou, olha como ela fez, olha como ela é'."

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