Técnica húngara da ginástica faz suposto gesto supremacista; comitê nega

Técnica da ginasta húngara Fanni Pigniczki, Noémi Gelle realizou um gesto polêmico enquanto aguardava pela nota de sua atleta após a apresentação nas maças da classificação do individual geral nas Olimpíadas de Paris.

Ainda sentada na área de competição para aguardar a nota de desempenho de sua ginasta, Gelle aproveitou o momento em que estava focada pela câmera de transmissão dos Jogos e realizou um gesto com as mãos que pode ser interpretado como um "sinal de supremacia branca".

O sinal feito com três dedos sustentados se parece com um 'W', e o círculo feito com o polegar e o indicador se assemelha à cabeça de um 'P', juntos representando o "White Power", "Poder Branco".

O caso não seria o primeiro deste tipo nos Jogos Olímpicos de Paris. Durante as provas do skate street feminino, um funcionário da OBS, o serviço de transmissão olímpico, fez um gesto semelhante. Ele teve a credencial das Olimpíadas retirada.

O UOL tentou falar com a treinadora depois da prova desta quinta-feira, ainda na Arena La Chapelle, mas Noémie não quis dar entrevista. Em contato com a reportagem, o Comitê Olímpico da Hungria disse que o objetivo da técnica "era que o desempenho de sua atleta fosse uma marca de excelência" e que "não há conteúdo intencional em seu sinal".

A reportagem também procurou a Federação Internacional de Ginástica (FIG), que afirmou estar ciente do caso, mas ainda não tem um posicionamento oficial. O Comitê Olímpico Internacional (COI) foi contatado e a entidade ainda não se manifestou; o texto será atualizado assim que houver novas respostas.

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