Lyles deixa estádio em cadeira de rodas após disputar final com covid-19

Noah Lyles, medalhista de bronze na final dos 200m livres, passou mal após cruzar a linha de chegada e deixou a área de prova em uma cadeira de rodas. Ele revelou ter testado positivo para covid-19 às vésperas da prova. Poucas horas depois do ocorrido, o velocista anunciou que não vai mais participar dos Jogos de Paris devido à doença.

Havia dúvida sobre a participação no revezamento 4x100, em final que acontece nesta sexta-feira. Ao passar pela zona mista, Lyles disse que ainda conversaria sobre o assunto. Ele não integrou a equipe nas classificatórias, e os EUA foram à pista com Christian Coleman, Fred Kerley, Kyree King e Courtney Lindsey.

Fiquei bastante tonto depois da corrida. Com falta de ar, dor no peito, mas, depois de um tempo, consegui recuperar o fôlego e me recompor. Estou muito melhor agora Noah Lyles, após a final dos 200m

Letsile Tebogo, de Botsuana, levou o ouro, enquanto Kenneth Bednarek, dos Estados Unidos, ficou com a prata.

O que aconteceu

Lyles deixou a pista do Stade de France em uma cadeira de rodas. O atleta passou mal após a conclusão da prova, precisou ser acudido e abriu o zíper do uniforme, próximo ao pescoço.

O norte-americano concluiu a prova em 19s70 e terminou na terceira posição. Letsile Tebogo, medalhista de ouro, foi 24 centésimos mais rápido.

Lyles conquistou medalha de ouro nos 100m livres no último domingo (4). O atleta chegou a aparecer de máscara no dia da prova, mas concluiu a prova normalmente.

O que Lyles disse?

Positivo para covid-19. "Sim, estou com covid. Tive um teste positivo em um teste feito por volta das 5h de terça-feira. Acordei no meio da noite me sentindo mal, com dor de garganta, e esses foram os sintomas que tive antes de ter covid. Testei e voltamos com o [resultado] positivo. Então, rapidamente fomos para um hotel perto da vila para uma quarentena. Ficamos longe de todo mundo. Me hidratei muito e tentamos fazer isso passo a passo.

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Final dos 200m. "Para ser honesto, eu sabia que, se quisesse ganhar, teria de dar tudo o que eu tinha. Eu já tinha muita energia. Este é, de longe, o melhor dia em que me senti dos últimos três dias. Ainda não estou 100%, mas estou mais perto de 90 a 95%. Isso só funciona para uma tacada. Estou orgulhoso por ser capaz de vir aqui e ganhar uma medalha de bronze. Nas últimas Olimpíadas eu fiquei muito decepcionado, e desta vez, eu não poderia estar mais orgulhoso".

O quanto afetou na final dos 200m? "Definitivamente afetou a minha performance [na final dos 200m]. Eu tive de tomar muito líquido. Achei que fosse ter uma boa noite de sono, mas tive que fazer muitas pausas... Fiquei tossindo a noite toda. Estou mais orgulhoso de mim mesmo do que de qualquer coisa, vindo aqui para ganhar um bronze com covid".

Poucas pessoas sabiam do teste. "Estávamos tentando manter isso em segredo. As pessoas que sabiam eram a equipe médica, o treinador, minha mãe. Não queríamos que todos entrassem em pânico, queríamos que eles pudessem competir. Queríamos tornar isso o mais livre possível. Eu sou competitivo. Por que você daria a eles uma vantagem sobre você?"

Sobre revezamento: "Nós ainda não decidimos. Eu vou falar com a equipe, vou ser muito honesto e transparente com eles, e vou deixá-los tomar a decisão. Acredito que, não importa o que aconteça, essa equipe pode lidar com qualquer coisa. Eu já estive com eles na prática e eles são mais do que capazes de vencer".

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