Começou a seguir atletas olímpicos? Bia Souza explica por que continuar
"A Bia vai me marcar" é a frase que a medalhista de ouro do judô Beatriz Souza mais tem ouvido desde que viu seu número de seguidores explodir após sua competição. Em uma questão de horas, ela pulou de 13 mil seguidores para 3,2 milhões. "Foi para uma dimensão que nunca passou pela minha cabeça", disse ela, ainda se acostumando com o patamar de popularidade que atingiu.
"Ainda estou chocada que a Ivete Sangalo comentou no meu post. Não vou fingir naturalidade. Não consigo. Neymar comentou, Luciano Huck, muita gente. Se eu consegui chegar nos famosos, consigo chegar em qualquer pessoa."
Calcula-se que, no total, os atletas tenham ganhado até agora 10 milhões de seguidores ao todo, após uma campanha da CazéTV e da TV Globo para que o público apoie os brasileiros. Mas o mais importante é o que está por vir. Bia Souza sabe bem do poder que um alto número de seguidores, curtidas e comentários dá na hora de conseguir patrocínio. E lembra que a melhor forma de cada pessoa que vibrou com ela ajudar o esporte olímpico quando nem todo mundo lembra do judô, da ginástica e de tantas outras modalidades é simplesmente interagindo.
"As empresas querem visibilidade, querem anunciar as marcas, então vão procurar os atletas que têm um maior número de seguidores, como é a influência nas redes. Então, por mais que o atleta possa ter grandes resultados, se ele não tem tantos seguidores, eles não vão ser tão procurados assim", lembrou Bia.
"A galera seguir, comentar, compartilhar, essa forma de apoio não custa nada, é de graça. Vocês ainda podem acompanhar a nossa história, viver tudo isso com a gente. E com esse apoio, vocês já vão mudar não só a nossa vida, mas a vida de muita gente que tá vindo aí também. E a gente precisa disso, a gente precisa desse incentivo, desse apoio, a gente precisa dos patrocinadores, porque realmente não é fácil."
"Misericórdia, como foi ver isso aqui?"
Em seus primeiros Jogos Olímpicos, a ginasta Júlia Soares já estava preparada para um aumento de seguidores. "Antes de começar, eu tirei um print da minha tela e eu tinha uns 46, 47 mil seguidores. Pensei que ia chegar perto de 80 mil e já vou ficar feliz. Quando acabou a competição, eu estava tentando falar com a minha família e não conseguia responder de tanta notificação. Aí fui ver meu Instagram e já estava com quase 300 mil seguidores. Agora já são 2 milhões. Fiquei muito feliz e muito agradecida."
Outro que levou um susto com o aumento no número de seguidores foi Caio Bonfim, prata na marcha atlética. Ele tinha 15 mil seguidores e agora tem mais de 440 mil. "Eu falei 'misericórdia!' Como é que eu vou ver isso aqui? É muita mensagem."
Com os seguidores, vêm também os pedidos diferentes. "O mais legal foi uma mãe lá de Brasília, de onde eu venho, que me mandou mensagem dizendo que o filho pediu um aniversário com tema de judô", contou o medalhista de bronze por equipes Guilherme Schmidt. "Agora vamos ver se me convidam para a festa", brincou.
E do lado deles, o que esperar? O arqueiro Marcus D'Almeida, que sai dos Jogos com quase 200 mil seguidores, é daqueles que gostam de produzir conteúdo. "Antes de Paris, eu já tinha bastante engajamento", contou ele ao UOL. "Eu gosto de fazer isso. Realmente me importo com minhas redes sociais, me importo com meu esporte e tento trabalhar esse lado mostrando a verdade. Meu Instagram não tem nada de mentira."
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