Após maltratar cavalo, alemã muda de nome para voltar às Olimpíadas
Nas Olimpíadas de Tóquio, uma amazona alemã chocou o mundo com um fato de violência contra um animal durante a prova de pentatlo moderno. Na ocasião, Annika Schleu e a treinadora alemã Kim Raisner, foram investigadas por maus tratos. Porém, a atleta voltou discretamente em Paris.
O que aconteceu
Os maus tratos aconteceram durante o pentatlo moderno de Tóquio-2020. Schleu era candidata ao ouro, mas perdeu qualquer chance de pódio ao ser desclassificada da prova de hipismo. Durante a montaria, ela aplicou diversos golpes com chicote e esporas ao cavalo Saint Boy, e a violência passou a ser investigada mesmo em um esporte em que a prática é "normal".
Já a treinadora Kim Raisner foi flagrada pela transmissão oficial ordenando Schleu a "bater mais forte nele", além de ela própria dar um soco no animal. Ao analisar as imagens, a União Internacional do Pentatlo Moderno (UIPM) decidiu expulsar a treinadora do restante dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Em 2022, Annika e sua treinadora fizeram acordo com a Justiça alemã e assim evitaram ir a julgamento, com um acordo de multa de 500 euros para ambas. A situação fez o COI cogitar retirar a prova de hipismo do pentatlo moderno, mas a prova acabou confirmada, com uma diferença: a prova desse ano será uma corrida com obstáculos, e não equitação.
Para as Olimpíadas de 2024, em Paris, Annika mudou de nome para competir, e deixou o sobrenome Schleu, trocando-o por seu outro sobrenome, Zillekens. "Quer eu goste ou não, vou me sentir duplamente observado. O desafio mental será extremo", disse a amazona de 34 anos ao "Welt am Sonntag".
A corrida com obstáculos do pentatlo moderno acontecerá neste sábado (10), a partir das 4h30 (horário de Brasília), e a alemã Annika Zillekens, com outro sobrenome, pretende disputar a prova do pentatlo moderno para "fazer as pazes com as Olimpíadas", segundo palavras da alemã, que seguirá disputando as Olimpíadas tendo a mesma treinadora, Kim Raisner, que chegou a afirmar ao jornal Munchener Merkurtz que "As pessoas deveriam ir para as escolas de equitação, coisas muito piores acontecem lá. O que aconteceu em Tóquio não é nada comparado a isso", na época do incidente.
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