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ANÁLISE

Demétrio: Brasil supera a marca de 100 medalhas de ouro nas Paralimpíadas

Do UOL, em São Paulo

31/08/2021 13h39

O Brasil chegou na noite de ontem à 100ª medalha de ouro em Jogos Paralímpicos com a conquista de Yeltsin Jacques na prova dos 1.500m da classe T11 (deficientes visuais) e fechou o dia nas Paralimpíadas de Tóquio também com o 101º ouro, já que a nadadora Carol Santiago venceu a prova dos 100m livre da classe S12 (para atletas com baixa visão). O resultado igualou a marca de ouros do Brasil nos Jogos Rio-2016, com a possibilidade de atingir os 21 de Londres-2012.

Em sua participação no UOL News Esporte, Demétrio Vecchioli comenta as duas medalhas conquistadas pelos atletas brasileiros, ainda que a quantidade de medalhas no dia tenha sido abaixo do que era a expectativa.

"A centésima foi do Yeltsin, que foi na madrugada, ganhou os 1.500m para deficientes visuais, ele já tinha ganhado os 5.000 e teve mais uma prova de ouro do Brasil hoje que foi a da Carol Santiago na natação, ela é também deficiente visual. O Brasil já chegou a 101 medalhas e com isso já chegou ao mesmo nível em número de ouros à campanha dos Jogos Paralímpicos do Rio, em que ganhou 14 medalhas de ouro também", explica Demétrio.

"Havia até uma expectativa que o dia hoje fosse inclusive melhor, mas acabou não sendo. Paramos nas 14, o objetivo é chegar até 21, que é o recorde de medalhas dos Jogos de Londres em 2012", completa.

O jornalista conta que um momento marcante e triste do dia foi com as brasileiras Thalita Simplicio e Jerusa Geber nos 100m T11, na qual as duas estavam entre as quatro finalistas, mas acabaram desclassificadas após o rompimento da cordinha que as ligava a seus guias.

"Era final e ainda que as outras duas chegassem nas primeiras posições, o Brasil teria pelo menos um bronze e conseguiu o feito de não ganhar nenhuma medalha nessa prova. O que aconteceu foi que a Jerusa, que era a grande favorita, atual recordista mundial, ela corre com o guia ligada por uma cordinha que é presa nos dedos da mão de um e do outro, e essa cordinha rompeu com 20 metros. Ela ficou desesperada e chorou", conta Demétrio.

"A Talita, que é mais jovem, completou em terceiro, festejou e foi desclassificada. Olhando o replay dá para ver que chegando na linha de chegada ela deu um tempo a mais e também arrebentou a cordinha. Ela cruza a linha de chegada segurando a cordinha, só que ele que cruza depois já não está segurando, então nos últimos 10 centésimos da prova ele não estava com a cordinha e isso gera uma desclassificação, as duas brasileiras foram eliminadas, o pódio teve ouro e prata, ninguém com bronze e duas brasileiras eliminadas", conclui.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL