Antônio Tenório perde disputa pelo bronze e fica sem medalha após 25 anos
Pela primeira vez após 25 anos, Antônio Tenório deixará uma edição dos Jogos Paralímpicos sem medalha. O brasileiro foi derrotado por Sharif Khalilov, do Uzbequistão, de forma dramática, na disputa pelo bronze na categoria masculina até 100kg do judô nas Paralimpíadas de Tóquio. Antes, havia sofrido uma derrota dolorida, no golden score, na semifinal.
Dono de quatro ouros paralímpicos, o judoca de 50 anos buscava a sétima medalha no evento, mesmo após ficar em estado grave depois de contrair o coronavírus no primeiro semestre, chegando a ter 85% do pulmão comprometido. Ele foi campeão quatro vezes seguidas, em 1996, 2000, 2004 e 2008. Depois, levou o bronze em 2012 e a prata em 2016.
"A minha história ninguém apaga, são cinco ouros, uma prata, um bronze e agora o quinto lugar no Japão. E isso depois de ter contraído o coronavírus, com 85% do pulmão comprometido", disse, em entrevista ao SporTV, após a derrota.
Na disputa pelo bronze em Tóquio, Tenório conseguiu um waza-ari logo no começo da luta e ficou em vantagem. Pouco depois, Khalilov recebeu seu primeiro shido. A luta ficou mais estudada a partir dali, mas o uzbeque conseguiu empatar com um waza-ari nos segundos finais, quando a vitória do brasileiro parecia certa. No golden score, Khalilov encaixou mais um golpe e levou a melhor.
A campanha de Tenório em Tóquio começou com vitória sobre Ion Basoc, da Moldávia, nas quartas de final. Na sequência, o brasileiro perdeu na semifinal para Ben Goodrich, dos Estados Unidos, depois de mais de três minutos de luta. A derrota levou o veterano para a disputa do bronze.
Tenório ainda enfrentou dificuldades na sua preparação para os Jogos Paralímpicos. Neste ano, ele contraiu o coronavírus e ficou internado por mais de duas semanas. Anteriormente, descartou a aposentadoria do judô, prometendo participar em 2024 das Paralimpíadas de Paris.
Ele voltou a reforçar o objetivo ao fim da sua participação em Tóquio. "Errei nas duas lutas, por falta de atenção, avançando a perna. Era só movimentar que eu não perderia a luta. Mas só de Deus me trazer para cá, está ótimo. Agora é me preparar para o novo ciclo e reconquistar o pódio", concluiu.
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