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Bia Ferreira foi de "sparring" no Rio a "alvo" mirado por rivais em Tóquio

Foto postada por Bia Ferreira em 2016, ano em que as Olimpíadas foram disputadas no Rio de Janeiro - Reprodução/Instagram
Foto postada por Bia Ferreira em 2016, ano em que as Olimpíadas foram disputadas no Rio de Janeiro Imagem: Reprodução/Instagram

Adriano Wilkson

Do UOL, em Tóquio (Japão)

08/08/2021 02h20

Bia Ferreira ganhou na madrugada deste domingo (8) a medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio-2020, mas também teve papel importante na trajetória de outra medalhista brasileira. Há cinco anos, no Rio, Bia foi "sparring" de Adriana Araújo, medalha de bronze em Londres-12.

Nos esportes de luta, o "sparring" é um atleta da mesma categoria que entra em combate com os lutadores principais durante os treinos. Um bom "sparring" costuma conhecer muito bem o lutador e pode contribuir bastante com sua preparação.

Um ano depois de ajudar Adriana no Rio, Bia foi promovida a titular da seleção brasileira e começou a traçar sua trajetória como atleta de ponta. Ela foi campeã mundial das pesos-leve e chegou a Tóquio como primeiro lugar no ranking mundial de boxe amador.

Em suas próprias palavras, virou "o alvo" das adversárias no Japão.

"Eu não me prendo nisso, até esqueço que sou o alvo. Eles [os treinadores] que me lembram. Os treinadores mandam eu usar isso ao meu favor, mas eu subo no ringue e pode ser quem for. Está contra mim, eu vou pra cima", afirmou a baiana radicada em Juiz de Fora, antes da semifinal de hoje.

"Eles falam que todo mundo me estudou e que eu tenho que ter uma carta na manga pra ter um extra. Eu sempre estudei os melhores para ser a melhor."