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Wallace fala em fim de ciclo e Lucão diz: 'só saio de ambulância'

Beatriz Cesarini e Felipe Pereira

Do UOL, em Tóquio

07/08/2021 04h55

Após a derrota do Brasil para a Argentina na disputa da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, fica a dúvida em relação a quais jogadores veteranos vão seguir com a equipe para o próximo ciclo olímpico visando Paris-2024. Ao final da partida, Wallace, Lucão e Bruninho falaram sobre o futuro.

"Acho que é meu fim de ciclo", disse Wallace após o jogo. "Já seria o último. Tudo que eu poderia dar, foi dado. Agora é bola para frente", afirmou o jogador brasileiro.

Aos 34 anos, Wallace já faturou duas medalhas com a seleção brasileira, uma de prata, em Londres-2012 e o ouro no Rio-2016. Antes das Olimpíadas, ele foi eleito o melhor jogador da Liga das Nações, que foi disputada em junho e foi vencida pelo Brasil.

Lucão, por outro lado, admitiu que não pretende sair da equipe por vontade própria e que pretende continuar "enquanto tiver condições" e render como atleta.

"Eu continuo. Representar a seleção é resultado. Enquanto você estiver indo bem no clube, você vai ser convocado", disse o central. "Eu brinco que vão ter que tirar de ambulância là de dentro, porque, enquanto eu conseguir competir, eu vou ficar."

Outro jogador que falou sobre o futuro foi o capitão, Bruninho. O levantador, no entanto, evitou dar uma resposta concreta sobre sua permanência ou não no time.

"Nessas horas é difícil fazer avaliação. Com certeza é um momento muito tenso. A fadiga mental é muito grande. É difícil dizer o que vamos querer para futuro agora, ainda mais depois uma derrota e uma frustração", disse Bruno, que tem 35 anos e já conquistou quatro medalhas olímpicas com o Brasil.

O treinador do time, Renan Dal Zotto, também foi cauteloso ao fazer um prognóstico do próximo ciclo olímpico do Brasil. Renan disse que pretende conversar com a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) após a disputa do Campeonato Sul-Americano de Vôlei, que acontece em setembro, em Brasília, e da vaga ao próximo Mundial.

"Nós temos o Sul-Americano agora. Chegando no Brasil já tem essa competição. Depois é sentar com a confederação e pensar no próximo ciclo. Com certeza algumas alterações deverão acontecer, mas tem que ter muita cautela e ver, também, o que os jogadores querem do futuro deles", disse o técnico.