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Andre De Grasse conquista ouro nos 200m e herda trono de Usain Bolt

Andre De Grasse, do Canadá, venceu prova acirrada dos 200m rasos masculino - Phil Noble/Reuters
Andre De Grasse, do Canadá, venceu prova acirrada dos 200m rasos masculino Imagem: Phil Noble/Reuters

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

04/08/2021 10h10

Quem ri por último, ri melhor. Andre De Grasse se superou e é o herdeiro do trono de Usain Bolt nos 200m. Se em 2016, no Rio de Janeiro, ficou com a prata, desta vez, o canadense sorriu sozinho com a medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio, nesta quarta-feira (4).

De Grasse conquistou a medalha de ouro na prova dos 200m com o tempo de 19s62, novo recorde de seu país, se tornando um dos homens mais rápidos do mundo. Melhor de 2021, a marca foi a oitava da história da prova, atrás dos jamaicanos Bolt e Yohan Blake e dos americanos Michael Johnson, Justin Gatlin, Tyson Gay, Noah Lyles e Walter Dix.

A prova foi muito acirrada, e o americano Kenneth Bednarek por pouco não ficou com o lugar mais alto do pódio. Andre de Grasse saiu na frente, foi ultrapassado e apertou no fim para conseguir uma vitória e superar os americanos, conquistando o tão sonhado ouro olímpico. Bednarek e o também americano Noah Lyles foram prata e bronze, respectivamente, com os tempos de 19s68 e 19s74.

O canadense subirá no pódio pela segunda vez em Tóquio após conquistar a medalha de bronze nos 100m, atrás de Jacobs, da Itália, e Kerley, dos Estados Unidos. Ele já tinha conquistado quatro medalhas em Olimpíadas, mas o ouro é inédito.

Americana cai, e Uganda é ouro nos 3.000m com obstáculos

Em final marcada pela queda da americana Emma Coburn, campeã mundial e bronze no Rio-2016, teve "zebra" de Uganda nos 3.000m com obstáculos. Peruth Chemutai apertou no sprint final, superou favoritas e saiu com a medalha de ouro na prova, finalizada em 9min01s45.

Coburn brigava por medalha mais uma vez quando se desequilibrou e acabou indo para fora da pista. Ela acabou desclassificada da prova.

Courtney Frerichs, dos EUA, ficou com a prata, com 9min04s79, e a queniana Hyvin Kieng, vice-campeã no Rio, em 2016, completou o pódio em Tóquio com a medalha de bronze ao marcar 9min05s39.

Quênia faz dobradinha nos 800m

O Quênia confirmou o favoritismo e conseguiu uma dobradinha no pódio dos 800m. Emmanuel Korir deu duas voltas na pista do Estádio Olímpico de Tóquio em 1min45s06 para garantir o ouro.

Seu compatriota Ferguson Rotich apertou o passo no fim para ultrapassar Pavel Dobek e levar a medalha de prata em 1min45s23. O polonês fechou o pódio com 1min45s39 e ficou com a medalha de bronze.

Favoritas lideram nos 1.500m

Deu a lógica nos 1.500m. Campeã olímpica no Rio, em 2016, a queniana Faith Kipyegon liderou sua semifinal e se classificou sem sustos. Sua bateria foi consideravelmente mais forte que a segunda, e mesmo soltando no fim, ela passou para a final com o melhor tempo: 3min56s80.

Já a holandesa Sifan Hassan cruzou a linha de chegada na frente de suas concorrentes na outra bateria, com 4min00s23. Ela já conquistou a medalha de ouro nos 5.000m e quer estar no pódio nos 1.500m e também nos 10.000m.

Britânica fura 'panela' das Américas nos 400m

A Jamaica mais uma vez levou a melhor em provas de velocidade em Tóquio. Stephenie Ann McPherson, prata pelo país nos 4x400m no Rio de Janeiro, em 2016, fez o melhor tempo da carreira e das semifinais com 49s34 e garantiu classificação para a decisão.

A prova foi totalmente dominada por corredoras das Américas. Além de McPherson, a Jamaica também classificou Candice McLeod, com 49s51, que se juntou à dominicana Marileidy Paulino, líder da primeira bateria, com 49s38, à favorita Shaunae Miller-Uibo, das Bahamas, que soltando no fim marcou 49s60, à cubana Roxana Gomez, com 49s71 e às americanas Quanera Hayes (49s81) e Allyson Felix (49s89), que se classificou para mais uma final olímpica.

A britânica Jodie Williams "furou a panela" americana ao baixar a marca dos 50s pela primeira vez na carreira, ao anotar 49s97 e garantir vaga na decisão.