Com destino à Polônia, atleta bielorrussa chega a aeroporto japonês
Krystsina Tsimanouskaya, a atleta bielorrussa que foi retirada das Olimpíadas de Tóquio no fim de semana por sua equipe contra sua vontade, deixou a embaixada da Polônia em Tóquio nesta terça-feira (3) para seguir para o país que lhe ofereceu asilo.
Tsimanouskaya, velocista de 24 anos, recebeu um visto humanitário da Polônia depois de ser ameaçada de repatriamento forçado para seu país após criticar as autoridades esportivas nos Jogos.
Depois de passar a noite em um hotel próximo ao aeroporto sob a proteção de autoridades japonesas, ela entrou na embaixada na segunda-feira e, mais tarde, obteve um visto humanitário.
A atleta olímpica, que temia por sua segurança se retornasse à Bielorússia, deve partir para Varsóvia acompanhada por um cônsul polonês de acordo com Pavel Latushka, chefe do grupo de oposição bielorrussa "National Anti-Crisis Management" (Gestão Nacional Anti-Crise).
Embaixador polonês no Japão, Pawel Milewski, publicou em rede social que Tsimanouskaya está "indo bem e agradece a todos nós por estendermos uma mão amiga contra aqueles que não desejam o seu bem".
O Comitê Olímpico Nacional da Bielorrússia é chefiado por Viktor Lukashenko, filho do presidente do país, Alexander Lukashenko.
Ambos foram proibidos de participar das Olimpíadas de Tóquio em meio a acusações de discriminação contra atletas que participaram de protestos contra a polêmica reeleição do presidente em agosto de 2020.
O Comitê Olímpico Internacional lançou uma investigação formal sobre o caso de Tsimanouskaya e solicitou um relatório sobre o incidente ao Comitê Olímpico do país.
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