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Olimpíadas, dia 10: Rebeca Andrade se despede para entrar na história

Ginasta Rebeca Andrade na final do solo nos Jogos Olímpicos de Tóquio - Ricardo Bufolin/CBG
Ginasta Rebeca Andrade na final do solo nos Jogos Olímpicos de Tóquio Imagem: Ricardo Bufolin/CBG

Do UOL, em São Paulo

02/08/2021 12h21

A tão aguardada terceira medalha de Rebeca Andrade nos Jogos Olímpicos de Tóquio não veio, na disputa da final do solo na ginástica artística, nesta segunda-feira (2). A brasileira ficou na quinta posição, e desta forma encerrou sua participação no evento que a colocou na história do esporte nacional e mundial, após a conquista do ouro no salto, e da prata no individual geral.

O décimo dia de disputas pelo pódio no Japão não marcou somente o tchau de Rebeca, mas também outras despedidas, estas um pouco mais dolorosas. Também na ginástica artística, Arthur Zanetti e Caio Souza sofreram quedas nas finais e ficaram sem medalha. A seleção brasileira feminina de handebol e a dupla Evandro/Bruno Schmidt foram eliminadas.

A jornada brasileira em Tóquio, no entanto, teve também vitórias a comemorar. A seleção feminina de vôlei classificou-se para as quartas de final em primeiro lugar em seu grupo. O canoísta Isaquias Queiroz, grande nome do país nos Jogos Olímpicos Rio-2016, avançou para a semifinal no C2 1.000m.

A segunda-feira olímpica ficou marcada também por um fato histórico. Pela primeira vez, uma mulher trans disputou uma competição, desde a primeira edição dos Jogos, em 1896.

Confira o que de melhor aconteceu no décimo dia dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

rebeca - Ricardo Bufolin/CBG - Ricardo Bufolin/CBG
Imagem: Ricardo Bufolin/CBG

Ginástica: Rebeca e Zanetti fora do pódio

Grande nome do Brasil nas Olimpíadas, Rebeca Andrade escreveu seu capítulo final em Tóquio. Depois de ganhar a prata no individual geral e o ouro no salto, a atleta do Flamengo competiu no solo e não teve o mesmo desempenho dos dias anteriores.

Ela perdeu a chance de levar sua terceira medalha nos Jogos e ficou em quinto lugar. Jade Carey, dos Estados Unidos, levou o ouro, seguida pela italiana Vanessa Ferrari (prata) e pela japonesa Mai Murakami (bronze).

Na final das argolas, Arthur Zanetti fazia uma ótima apresentação, mas arriscou um triplo mortal na saída e não conseguiu completar o movimento, aterrissando ajoelhado no chão. O paulista de 31 anos, que foi medalhista de ouro nas argolas em Londres-2012 e prata na Rio-2016, recebeu nota 14,133 e ficou apenas na oitava posição entre os oito finalistas.

O pódio teve dobradinha chinesa. O ouro ficou com Yang Lui, que teve nota 15,500, e Hao You (15,300) faturou a prata. O grego Eleftherios Petrounias (15,200), campeão olímpico no Rio, não cravou a saída e ficou com o bronze.

Na final do salto, Caio Souza também ficou fora do pódio. Segundo a se apresentar nesta segunda-feira, Caio errou a saída no segundo salto e caiu sentado. A falha jogou para baixo sua nota, e ele terminou com média 13,683, o que lhe rendeu apenas o oitavo lugar entre os oito finalistas.

O ouro ficou com o sul-coreano Jeahwan Shin, que teve média de 14,783 após os dois saltos. O russo Denis Abliazin, prata em 2012 e 2016, teve a mesma média (14,783), mas ficou novamente em segundo lugar porque Shin executou um salto com grau de dificuldade mais alto, o que funciona como critério de desempate. O armênio Artur Davtyan (14,733) completou o pódio.

Mais ginástica: Biles na final da trave

Simone Biles está confirmada na final da trave. A ginasta voltará a competir após desistir da final por equipes e de abrir mão de disputar as finais individuais de barras assimétricas, salto e solo. Ainda havia dúvida se ela voltaria a competir em Tóquio, mas nesta segunda-feira (2) veio a notícia de que ela vai brigar por medalha.

Pelas redes sociais, a confederação da ginástica dos Estados Unidos confirmou a participação da sua principal atleta ao lado de Sunisa Lee, que também se classificou para a disputa pela medalha na trave. Lee já conquistou a medalha de prata na disputa por equipes e o ouro no individual geral.

A final da trave está marcada para esta terça-feira (3), às 5h50 (de Brasília). A brasileira Flávia Saraiva também vai disputar a prova.

Vôlei - REUTERS/Valentyn Ogirenko - REUTERS/Valentyn Ogirenko
Imagem: REUTERS/Valentyn Ogirenko

Vôlei: Brasil vence, e duelará com a Rússia nas quartas

Em ritmo de treino, a seleção brasileira feminina de vôlei venceu o Quênia na quinta e última rodada da primeira fase nos Jogos Olímpicos de Tóquio, nesta segunda-feira (2).

Contra o adversário mais fraco do Grupo A, a equipe treinada por José Roberto Guimarães rodou bastante o elenco para dar ritmo às reservas, e ganhou por 3 a 0, parciais de 25/10, 25/16 e 25/8. Com o resultado, o Brasil terminou em primeiro lugar na chave, com 14 pontos.

Se o Quênia não apresentou dificuldades, o mesmo não deve acontecer nas quartas de final. Após o término da primeira fase, ficou definido que a seleção brasileira enfrentará a Rússia na abertura dos mata-matas, na quarta-feira.

A equipe costuma realizar jogos duros contra o Brasil em Jogos Olímpicos, como em Atenas-2004 (vitória russa na semifinal) e em Londres-2012 (triunfo brasileiro nas quartas de final).

Alison e Álvaro Filho - Pilar Olivares/Reuters - Pilar Olivares/Reuters
Imagem: Pilar Olivares/Reuters

Vôlei de praia: Alison e Álvaro avançam de fase

Com amplo domínio em quadra, Alison e Álvaro Filho classificaram-se na manhã desta segunda-feira (2) para as quartas de final do vôlei de praia masculino em Tóquio.

Os brasileiros não deram chances para os mexicanos Gaxiola e Rubio e venceram por 2 sets a 0, parciais de 21/14 e 21/13. Na próxima fase, às 22h (horário de Brasília) desta terça-feira (3), Alison e Álvaro enfrentarão Plavins e Tocs, da Letônia, que eliminaram os também brasileiros Evandro e Bruno Schmidt nas oitavas de final.

Evandro e Bruno perderam por 2 sets a 0, parciais de 21/19 e 21/18, e se despediram dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Laurel Hubbard - REUTERS/Edgard Garrido - REUTERS/Edgard Garrido
Imagem: REUTERS/Edgard Garrido

Levantamento de peso: primeira trans fica em último

A neozelandesa Laurel Hubbard entrou para a história dos Jogos Olímpicos nesta segunda-feira (2), ao ser a primeira mulher transgênero a disputar uma competição no evento desde a primeira edição, em 1896, em Atenas (GRE).

A atleta não teve uma boa performance na categoria acima de 87kg no levantamento de peso, e ficou em último lugar ao falhar suas três tentativas no arranco. O resultado esportivo não foi o que Hubbard esperava, mas sua participação por si só quebrou uma enorme barreira no esporte mundial.

Vela: decisão adiada para Martine e Kahena

A busca de Martine Grael e Kahena Kunze pelo ouro teve de esperar. A última e decisiva regata da classe 49er FX aconteceria nesta segunda-feira, mas foi adiada devido à falta de vento na Baía de Enoshima.

As brasileiras, atuais campeãs olímpicas, estão na segunda colocação geral após 12 regatas, atrás das holandesas Anniemiek Bekkering e Annette Duetz, que são líderes do ranking mundial da categoria. Para o bi olímpico, as brasileiras precisam terminar à frente das rivais na medal race.

Izabela da Silva - Aleksandra Szmigiel/Reuters - Aleksandra Szmigiel/Reuters
Imagem: Aleksandra Szmigiel/Reuters

Atletismo: Izabela fica em 11º no dia do aniversário

Izabela da Silva conquistou a 11ª posição na final do lançamento de disco, na manhã desta segunda-feira (2) no atletismo nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Na prova, que foi interrompida temporariamente por conta da forte chuva que atingiu o Estádio Nacional, a brasileira teve como melhor marca 60,39m em suas três tentativas. A medalha de ouro ficou com a americana Valarie Allman, com 68,98m.

Se não conseguiu subir no pódio, Izabela teve outro motivo para comemorar. Ela completou 26 anos de vida nesta segunda-feira.

Já nos 200m rasos feminino, o Brasil não terá representantes nas semifinais. Ana Carolina Azevedo terminou na quinta colocação na primeira bateria classificatória. Ela fez a prova em 23s20, seu melhor tempo no ano, mas que não foi o bastante para avançar de fase. A outra brasileira na prova, Vitória Cristina Rosa, disputou a quarta bateria e acabou em sexto, com 23s59.

handebol feminino - GettyImages - GettyImages
Imagem: GettyImages

Handebol: seleção feminina é eliminada

O Brasil está fora no handebol feminino. Jogando por um empate com a França, as brasileiras acabaram derrotadas por 29 a 22. Em jogo dominado pelas francesas, a seleção ensaiou reações, mas não conseguiu buscar o placar. O time brasileiro precisava de, no mínimo, uma igualdade para avançar na quarta colocação do grupo, mas a França também jogava pela sobrevivência, precisando vencer.

As brasileiras encerram sua participação com três derrotas, um empate e uma vitória. Elas se juntam ao time masculino, que também ficou pelo caminho na fase de grupos.

Tênis de mesa: Brasil perde para a Coreia

Diferentemente do que aconteceu contra a Sérvia nas oitavas de final do tênis de mesa masculino por equipes, quando o Brasil venceu por 3 a 2 num duelo que durou quatro horas, o time verde-e-amarelo acabou sendo presa fácil para os adversários das quartas. Nesta segunda-feira (2), os sul-coreanos venceram por 3 a 0 em pouco mais de duas horas e se classificaram para as semifinais.