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Esgrima dos EUA usa máscara diferente de acusado de importunação sexual

CHIBA, JAPAN - JULY 30: Jacob Hoyle of Team United States, left, and Curtis McDowald of Team United States react to their loss to Team Japan in Men"s �pée Team Table of 16 on day seven of the Tokyo 2020 Olympic Games at Makuhari Messe Hall on July 30, 2021 in Chiba, Japan. (Photo by Elsa/Getty Images) - Elsa/Getty Images
CHIBA, JAPAN - JULY 30: Jacob Hoyle of Team United States, left, and Curtis McDowald of Team United States react to their loss to Team Japan in Men's �pée Team Table of 16 on day seven of the Tokyo 2020 Olympic Games at Makuhari Messe Hall on July 30, 2021 in Chiba, Japan. (Photo by Elsa/Getty Images) Imagem: Elsa/Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo

31/07/2021 00h04

Parte equipe masculina de esgrima dos Estados Unidos usou máscara rosa antes de competir, nesta sexta-feira (30, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Chamou a atenção o fato de Alex Hadzic, atleta acusado de importunação sexual e que está afastado do resto do time, ser o único diferente, usando máscara preta. Ele nega as acusações.

Segundo o Buzzfeed News, a diferença das cores usadas não foi coincidência. Jake Hoyle, Curtis McDowald e Yeisser Ramirez decidiram usar máscaras rosas em apoio às vítimas de violência sexual. Hadzic foi suspenso pela SafeSport, iniciativa criada pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos para investigar condutas inapropriadas, mas conseguiu o direito de participar das Olimpíadas após um recurso.

Com um "plano de segurança" às mulheres da delegação, a Confederação de Esgrima dos Estados Unidos tem mantido Hadzic longe do restante da equipe em Tóquio. Além de estar proibido de entrar na Vila Olímpica, o atleta, que é suplente, viajou ao Japão em voo diferente e tem treinado separado do time.

Hadzic entrou com recurso contra a diferença de tratamento, mas toda a equipe de esgrima assinou um documento exigindo que as medidas fossem mantidas.

"Agora temos que lidar com as consequências de ter um predador na equipe e, ao mesmo tempo, competir no maior evento de nossas vidas. E eu acho que é uma posição muito injusta para nos colocar", disse uma atleta que não quis ser identificada.

As denúncias contra Hadzic começaram em 2010, quando ele estudava e atuava pela Universidade de Columbia. O atleta foi expulso da equipe de esgrima e suspenso da Universidade por um ano.