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Recorde de Cielo se mantém vivo após prova "lenta" de Dressel

Cesar Cielo venceu os 100m livre com o tempo de 47s84 e bateu o recorde do campeonato (16/10/2011) - Flávio Florido/UOL
Cesar Cielo venceu os 100m livre com o tempo de 47s84 e bateu o recorde do campeonato (16/10/2011) Imagem: Flávio Florido/UOL

Beatriz Cesarini

DO UOL, em Tóquio

26/07/2021 12h00

A aposta de César Cielo nestas Olimpíadas de Tóquio era de seu recorde mundial nos 100 metros livres fosse superado ainda nos primeiros dias de prova. Ainda não aconteceu. Maior candidato a diminuir os 46s91 do brasileiro, o norte-americano Caeleb Dressel fez o percurso hoje em 47s26 na final do revezamento 4x100m.

"É improvável que os recordes sobrevivam a esses Jogos Olímpicos. Não era uma coisa que eu almejava. Nunca pensei que duraria tanto tempo. Meu foco era ser o melhor velocista da minha geração. Eu sempre vi a quebra dos recordes como algo que é inevitável acontecer", disse Cielo em entrevista ao UOL Esporte antes do início de Tóquio-2020.

Na final do revezamento, Dressel conquistou o ouro com a equipe norte-americana, mas nadou em um tempo abaixo do esperado: 47s26.

Os atletas ainda estão se ambientando com a nova rotina das provas da natação nestas Olimpíadas. As eliminatórias começam a partir das 7h (Brasília) e vão até as 9h, noite no Japão. Já as fases finais, a partir das 22h30 e até as 00h30, a manhã do dia seguinte. O mesmo já tinha acontecido nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

A mudança atende um pedido da emissora americana NBC, principal parceira do Comitê Olímpico Internacional para transmissão das Olimpíadas. A ideia é passar as finais da natação, um dos esportes nobres dos Jogos e no qual os americanos têm domínio quase absoluto, no horário nobre dos Estados Unidos. Se fosse mantida a programação regular, as decisões seriam realizadas pela manhã para o público americano.

"Acho tem um pouco do acúmulo da prova. Uma atrás da outra", destacou Fernando Scheffer, que conquistou uma vaga nas finais dos 200 metros livres, mas teve um tempo inferior ao da noite anterior, na classificação.

"A gente viu pelo histórico do primeiro dia que os tempos pioraram um pouco para entrar na final. Então teria que ir na contramão de todo mundo: eles piorarem e eu melhorar. Eu piorei um pouco, eles também pioraram, mas não foi o suficiente para eu entrar na final", disse o Guido, destacando que, assim como ele, os outros atletas também sentiram os impactos das mudanças.

Era esperado que os recordes fossem quebrados logo no início, mas não significa que não acontecerá.