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COI diz que tomará medidas contra os sem-máscara em Tóquio

Tafur Rakhimov, do Tadjiquistão, sem máscara no desfile da cerimônia de abertura  - Clive Rose/Getty Images
Tafur Rakhimov, do Tadjiquistão, sem máscara no desfile da cerimônia de abertura Imagem: Clive Rose/Getty Images

Colaboração para o UOL, de São Paulo

24/07/2021 14h00

Em resposta ao que se viu no desfile das delegações durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio-2020, o Comitê Olímpico Internacional (COI) avisou que tomará medidas em caso de violações "flagrantes" do protocolo de segurança contra a covid-19. A informação foi publicada pelo site Inside the Rings.

Na apresentação dos países, a maior parte do grupo do Quirguistão e do Tadjiquistão não usava máscaras. incluindo os respectivos porta-bandeiras Kanykei Kubanychbekova e Denis Petrashov, e Tafur Rakhimov. Os dois porta-bandeiras do Paquistão, Khalil Akhtar e Mahoor Shahzad, também desobedeceram as regras, assim como vários outros atletas e oficiais que passaram pelo Estádio Olímpico de Tóquio.

Sem-máscaras na abertura de Tóquio-2020 - REUTERS - REUTERS
Membros da delegação do Quirguistão compareceram à cerimônia de abertura das Olimpíadas sem máscara
Imagem: REUTERS

Pelos manuais atualizados pelo COI em junho e dirigidos a todos os credenciados, o uso de máscaras é obrigatório "em todos os momentos e em todos os locais", com exceção de treinos, competições, para comer e beber e durante entrevistas. Ao ar livre, é permitido tirar a máscara quando se esteja a pelo menos dois metros de distância de outras pessoas.

Em coletiva de imprensa, o diretor-executivo do COI para os Jogos Olímpicos, Christophe Dubi, recusou-se a apontar países ou atletas pelos nomes, deixando também de mencionar se penalidades serão tomadas — ou quais delas. Disse apenas que os chefes de missão foram lembrados dos protocolos de segurança antes da cerimônia de abertura e "vamos continuar falando". Se forem observados comportamentos flagrantemente inaceitáveis, acrescentou, o COI entrará com medidas disciplinares.

Enquanto isso, especialistas em saúde seguem afirmam que os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 podem se tornar um "evento superespalhador" do coronavírus. Shigeru Omi, o principal consultor do governo japonês para covid-19, já havia dito que organizar uma Olimpíada durante a pandemia é "anormal".

Para Hitoshi Oshitani, que participa Painel de Consulta do governo japonês, as medidas tomadas não estão sendo suficientes para isolar os olímpicos de contágio pela covid-19. Mesmo com o COI assegurando que os casos positivos estão dentro do esperado, o médico japonês contesta que o evento esteja "seguro": "Diz-se que os Jogos estão seguros, mas não se vê nenhuma estratégia do Comitê Organizador fazendo o melhor para minimizar o risco. Não acredito que esteja preparado para o pior cenário".