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Bandeira olímpica hasteada em Tóquio-2020 é a mesma desde Seul-88

Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Seul, na Coreia do Sul, em 1988  - EFE
Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Seul, na Coreia do Sul, em 1988 Imagem: EFE

Thiago Braga

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/07/2021 04h00

A cerimônia de abertura é parte integrante das Olimpíadas desde os primeiros jogos modernos, realizados em Atenas em 1896. A cerimônia representa o início oficial dos Jogos Olímpicos e oferece ao país anfitrião a oportunidade de mostrar sua identidade nacional em um cenário global.

Parte importante da cerimônia é a chegada e o hasteamento da bandeira olímpica. E nas Olimpíadas de Tóquio, uma tradição será mantida. O COI (Comitê Olímpico Internacional) utilizará a mesma bandeira fabricada para os Jogos de Seul, em 1988.

Um dos símbolos mais conhecidos dos Jogos, a bandeira foi apresentada oficialmente na 17ª sessão do COI em junho de 1914, em Paris, e hasteada pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Antuérpia em 1920.

Ela havia sido desenhada um ano antes pelo francês Pierre de Frédy, também conhecido como barão de Coubertin, idealizador das Olimpíadas modernas.

Em um campo branco sem bordas, cinco anéis em azul, amarelo, preto, verde e vermelho entrelaçados da esquerda para a direita formam um trapézio, com os anéis azul, preto e vermelho na parte superior e os anéis amarelos e verdes na parte inferior. As proporções da bandeira original eram de 2 x 3m e os anéis ocupavam uma área de 0,6 x 2,2m. Esses anéis representam os cinco continentes unidos. As seis cores representadas na bandeira olímpica —o fundo branco, mais o azul, preto, vermelho, amarelo e verde dos anéis— foram escolhidas porque pelo menos uma dessas cores pode ser vista na bandeira de cada nação.

Mas depois de 60 anos de uso, o tempo começou a cobrar seu preço, e a bandeira apresentou o desgaste natural após centenas de viagens. O Comitê Organizador dos Jogos de Seul ficou sabendo disso e decidiu providenciar um novo pavilhão. A bandeira anterior foi aposentada e colocada no Museu Olímpico.

Assim, as mãos hábeis de mulheres coreanas confeccionaram a nova bandeira toda em seda crua coreana 100% pura. Ela foi finalizada em 1985 e está em uso desde então.

O cuidado com o artefato é tão grande que seu manuseio só pode, ou só deveria, ser feito com luvas. Para receber a bandeira, o Comitê Organizador Local da cidade que sedia os Jogos assina um compromisso que diz, entre outras coisas, que a bandeira olímpica não pode sair da caixa em passeios de rua nem ser desfraldada. Existe ainda uma Guarda de Honra da Bandeira Olímpica, que precisa seguir um cerimonial específico.

Na cerimônia de abertura desta edição das Olimpíadas, a jogadora de vôlei italiana Paola Egonu já foi comunicada que será uma das atletas a carregar a bandeira olímpica. "Vou desfilar para todos os atletas deste planeta", disse a estrela de 22 anos.