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Pabllo Vittar celebra dança na Olimpíada: "Ansiosa para esse babado"

Fernanda Gentil, Pabllo Vittar e Serginho fazem debate sobre esportes em São Paulo - Divulgação
Fernanda Gentil, Pabllo Vittar e Serginho fazem debate sobre esportes em São Paulo Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

21/01/2021 13h53

A cantora Pabllo Vittar disse estar ansiosa para assistir à competição de dança olímpica, incluída no calendário a partir dos Jogos de Paris em 2024. A incorporação da modalidade break dance é uma tentativa do COI (Comitê Olímpico Internacional) de se aproximar de jovens urbanos e renovar o público do evento.

"Fiquei muito feliz com a notícia de que a dança virou esporte olímpico e já estou ansiosa para assistir como vai ser esse babado das danças na competição e torcer para o Brasil, porque eu amo dançar. É quem eu sou", afirmou a cantora em uma entrevista em São Paulo ontem (20). Pabllo, que é drag queen, disse que já praticou esportes como futebol e vôlei, mas enfrentou barreiras nesse universo.

"Na quinta série, eu tinha muito medo de ir para a educação física, por exemplo, porque era um lugar que parece que não me pertencia. Mas aí, quando eu comecei a dançar, eu me senti mais confiante, mais dona do meu lugar. Me mostrou que eu pertenço sim, e eu posso transitar e escolher por onde seguir", afirmou.

A cantora participou de uma conversa com o ex-jogador de vôlei Serginho, bicampeão olímpico (Atenas-2004 e Rio-2016), durante evento comemorativo aos cem anos da multinacional Nestlé no Brasil. O bate-papo foi mediado pela apresentadora da Globo Fernanda Gentil.

Após fazer parte da programação dos Jogos da Juventude em Buenos Aires, em 2019, o break dance, ou breaking, prepara seu arcabouço institucional e competitivo para estrear nos Jogos de Paris. Federações, formatos de competição, critérios e ranqueamento estão sendo formatados. Trata-se de um movimento parecido com o que viveu o skate, que estará presente nos Jogos de Tóquio neste ano.

Em 2024, o torneio olímpico de breaking premiará o melhor dançarino (b-boy) e dançarina (b-girl) do mundo. Os competidores vão se revezar em "batalhas" individuais ao som de música escolhida por um DJ, uma dinâmica conhecida em eventos de hip hop nos grandes centros urbanos.

Serginho diz que o vôlei permitiu vida melhor aos pais

Considerado por anos o melhor líbero do mundo, Serginho bateu bola com Pabllo durante o evento. O ex-atleta contou como o esporte lhe possibilitou dar uma vida diferente para seus pais.

"Meu pai é semianalfabeto e minha mãe dona de casa. Eles trabalhavam na lavoura de café e vieram para São Paulo para tentar a vida. E eu sempre prometi que ia dar uma casa para eles. Sempre tomei isso como uma causa para a minha vida e consegui realizar por meio do vôlei". O jogador se aposentou no ano passado aos 44 anos.