As Olimpíadas ajudam a construir lendas do esporte. Ítalo Ferreira entra nessa categoria ao conquistar a primeira medalha de ouro do surfe nos Jogos Olímpicos.
O brasileiro já era campeão mundial, mas muda de patamar ao subir no topo do pódio olímpico. Vale até ficar de cabeça para baixo com o 1º ouro do Brasil em Tóquio.
As Olimpíadas também derrubam algumas lendas. Gabriel Medina era o favorito no surfe, mas o bicampeão mundial da modalidade deixa Tóquio sem medalhas.
Algumas lendas vão sendo construídas aos poucos, como a do egípcio Omar Assar, que consegue uma surpreendente vaga nas quarta de final do tênis de mesa.
Outras despencam de uma vez. Naomi Osaka, a grande estrela japonesa nas Olimpíadas, é eliminada na terceira rodada pela tcheca Marketa Vondrousova.
Ainda existem as lendas alçadas diretamente para a história. Em Bermudas, o nome da triatleta Flora Duffy ficará cravado sempre como o 1º ouro olímpico do país.
Mas a história é cruel. Mesmo atletas do porte da americana Simone Biles, uma das maiores ginastas de todos os tempos, têm os seus dias de dramas e quedas.
Sorte que as Olimpíadas também trazem heróis inusitados. Fernando Scheffer mostra que não precisa estar entre os favoritos para abocanhar uma medalha.
E quando a glória chega, o atleta finalmente pode extravasar. A alemã Ricarda Funk mistura esforço e êxtase ao ganhar o ouro em sua prova na canoagem.
Em um dia em que lendas nasceram e caíram, Tóquio premia os atletas olímpicos com um arco-íris na prova de triatlo. Tímido, é verdade, mas um sinal de que no fim todo mundo pode encontrar o seu pote de ouro.
Publicado em 27 de julho de 2021.
Edição de Imagens: Lucas Lima
Edição de Texto: Lello Lopes
Fotos (pela ordem de publicação): Jonne Roriz/COB; Olivier Morin/AFP; Lisi Niesner/Reuters; Steph Chambers/Getty Images; Tiziana Fabi/AFP; Loic Venance/AFP; Jamie Squire/Getty Images; Rob Carr/Getty Images e Charly Triballeau/AFP
