Depois da linha dos 3 pontos

Limites do Corpo: superamos a linha do basquete. Mas falta algo para ter mais recordes no salto em distância

Talyta Vespa e Rodolfo Rodrigues Do UOL, em São Paulo UOL

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E os recordes?

Pode um recorde olímpico durar 28 anos ainda no atletismo? No salto em distância, sim! Em 1968, o americano Bob Beamon atingiu a incrível marca de 8 metros e 90 centímetros naquele que foi considerado o "salto do século. Mais que uma trave de futebol (7 metros e 32 centímetros) ou a distância linha de 3 pontos de uma quadra de basquete (8 metros e 32 centímetros). Para a revista americana Sports Illustrated, o salto foi um dos cinco maiores momentos do esporte do século 20.

Naquela Olimpíada, realizada na altitude de 2.250 metros acima do mar na Cidade do México, o ar rarefeito e o vento a favor com velocidade de 2 metros por segundo, o equivalente a 7,2 km/h, o limite máximo aceito pela Federação Internacional de Atletismo, ajudou Bob a quebrar essa marca.

Outros fatores foram a nova pista de atletismo de tartan, de material sintético, que ajudava os atletas a não escorregavam na saída, como acontecia com a pista de terra batida. Os pregos das sapatilhas também eram mais curtos e não afundavam na tábua de impulsão colocada no início da caixa de areia.

Mas isso significa que o Limite do Homem no salto em distância tenha parado ali em 1968?

Não. Outro americano, o atleta Carl Lewis se tornou uma lenda na prova. Especialista também em provas de velocidade, ele mostrou que a quanto mais rápido corresse os seis segundos que os saltadores levavam para dar cerca de 19 passos na pista de aproximação até o fim do salto, maior seria a distância alcançada.

Ouro em 1984, 1988, 1992 e 1996, Carl Lewis. saltou 8 metros e 72 centímetros em Seul 1988, na segunda maior marca da prova até então. Em 1991, no Mundial de Tóquio, Carl Lewis atingiu 8 metros e 87 centímetros com um vento contra de -0,2 metros por segundo. No mesmo dia, seu compatriota Mike Powell saltou 8 metros e 95 centímetros, quebrando o recorde mundial de Bob Beamon.

Entre as mulheres, o recorde olímpico também é antigo e já dura 33 anos. A prova feminina, que começou a ser disputada somente em 1948, teve sete quebras de recorde olímpico. Dos 5,695 metros da húngara Olga Gyarmati, na primeira edição, o recorde foi sendo praticamente quebrado a cada Olimpíada, até 1988, quando a americana Jackie Joyner-Kersee saltou 7 metros e 40 centímetros.

Em 2008, a brasileira Maureen Maggi se tornou a primeira brasileira a ganhar o ouro, saltando 7,04 metros. Em 1999, em Bogotá, ela chegou a saltar 7 metros e 26 centímetros, quebrando o recorde entre atletas sul-americanas.

Na Olimpíada do Rio 2016, a americana Tianna Bartoletta levou o ouro saltando 7 metros e 17 centímetros.

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