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Kai Pfaffenbach/Reuters

Até onde podemos chegar?

Uma das provas mais tradicionais nas Olimpíadas, o Salto em Altura é talvez uma com mais mudanças radicais nas táticas usadas pelos atletas.

Nas primeiras edições, o estilo utilizado era o conhecido como 'Eastern Cut-off'. O atleta saltava sobre a barra praticamente de frente, jogando as pernas primeiro e caindo de pé, inclusive. Assim, chegavam a pular 1 metro e 80 centímetros.

Depois, em 1912, veio o salto Western Roll, onde o atleta corria para a barra na diagonal e fazia um movimento de jogar a perna para o alto na hora de atravessar a barra. Assim, chegou a saltar 1 metro e 90 centímetros.

Já em 1936, começou o salto mais usado até os anos 60, chamado de Straddle. Nele, com atletas cruzavam a barra com a face virada para ela e as pernas sendo jogadas depois. Nesse estilo, o americano Cornelius Johnson foi o primeiro a superar a barreira dos 2 metros, saltando 2 metros e 3 centímetros.

Entre as mulheres, que começaram saltando 1 metro e 59 centímetros em 1928, com a canadense Ethel Catherwood, ouro em 1928, a marca subiu consideravelmente em 1956, com a americana Mildred McDaniel, que saltou 1 metro e 76 centímetros.

Ainda na década de 50, os atletas chegaram a usar sapatilhas especiais, algumas com 5 cm de sola, que funcionavam como um trampolim. Mas a ideia foi banida em 1957 pela Federação Internacional de Atletismo.

Em 1968, houve uma revolução no Salto em Altura com o americano Dick Fosbury. Engenheiro civil, ele criou o salto de costas, quebrando o recorde mundial com 2 metros e 24 centímetros - mais que um batente da porta da sua casa, que mede 2 metros e 15 centímetros.

Desde então, passou a ser copiado por todos os saltadores. Na prova feminina, na Olimpíada seguinte, Ulrike Meyfarth, da Alemanha Ocidental, usando o salto Fosbury, bateu o recorde olímpico com 1 metro e 92 centímetros.

No final dos anos 1980 e início da década de 1990, estabeleceram-se nossos recordes mundiais, que seguem valendo até hoje. Em 1987, a búlgara Stefka Kostadinova alcançou a marca de 2 metros e 9 centímetros.

Em 1993, na prova masculina, o cubano Javier Sotomayor superou os 2 metros e 45 centímetros. Suficiente para passar pelas traves de um campo de futebol (2,44 m) sem tocá-las.

Para os Jogos Olímpicos de Tóquio, dificilmente algum atleta conseguirá superar Sotomayor. Mas o recorde feminino está prestes a ser quebrado, já que a ucraniana Yaroslava Mahuchikh ficou a apenas 3 centímetros dos 2 e 9.

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