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A medalha que ficou no mar
Da Redação
Em São Paulo


Antes dos Jogos de Atenas, Ricardo Winicki era apenas mais um dos 247 nomes que compunham a delegação brasileira nas Olimpíadas. Mesmo na equipe de vela, o carioca era apenas um coadjuvante entre as figuras mais conhecidas, os medalhistas de outras ocasiões Robert Scheidt, Torben Grael e Marcelo Ferreira.

Regular do começo ao fim, Bimba perdeu a medalha por apenas um ponto
 
Mas, passadas as primeiras regatas da classe Mistral masculina, estava claro que Winicki seria um dos brasileiros com possibilidades reais de medalha em Atenas. Quando assumiu a liderança na quarta etapa, o velejador já começava a atrair a atenção dos brasileiros que acompanham os Jogos. A partir daí, a torcida repentina que o carioca conseguiu para si se acostumou com seu apelido, Bimba.

Mas a torcida virou água. Na última regata, Bimba entrou na raia com uma medalha praticamente assegurada. Saiu da prova com um frustrante quarto lugar. Na liderança da classe Mistral, o brasileiro precisava apenas de um 16º lugar para assegurar pelo menos o bronze. No entanto, com uma 17ª colocação, a terceira medalha da vela brasileira se perdeu na baía de Atenas, com o brasileiro sendo superado por adversários de Israel, Grécia e Reino Unido.

Carioca de 24 anos, Bimba fez em Atenas sua segunda participação em uma Olimpíada. Em Sydney, há quatro anos, o brasileiro não conseguiu um bom resultado. Depois da estréia olímpica, o velejador ganhou maturidade, principalmente com o vice-campeonato mundial em 2002 e com o ouro no Pan de Santo Domingo-2003.

Tempos antes, o carioca já despontava como um nome promissor da vela brasileira ao conquistar o Campeonato Brasileiro da Mistral aos 17 anos. No mesmo ano, em 1997, Bimba conquistaria o primeiro de seus dois Campeonatos Mundiais Júnior.

Em Atenas, Bimba sempre esteve entre os primeiros. Começou com um sexto lugar na segunda regata, pois a primeira foi anulada pela organização. Na quarta etapa já estava na ponta. Neste momento, a responsabilidade de liderar a competição olímpica fez o brasileiro balançar.

"Uma medalha não pode ser decidida assim. A organização informou que, quando a TV transmite a prova, eles fazem tudo para largar na hora. Competimos quase sem vento", reclamou Bimba após perder a prova para o israelense Gal Fridman.

Sobrou ainda para os helicópteros que captavam as imagens da prova. "Eles produzem rajadas de vento que fazem a diferença. Quem aproveitou se deu bem." Leia mais.



Tirando as medalhas de Robert Scheidt, na classe Laser, e Torben Grael e Marcelo Ferreira, na Star, e o quarto lugar de Bimba na Mistral, os outros brasileitos tiveram uma participação discreta na vela, o esporte que mais deu medalha para o país nas Olimpíadas.

Divulgação
Fonseca e Link na classe 49er
Na classe 49er, André Fonseca e Rodrigo Link terminaram na sexta colocação. A dupla começou bem, e brigou por medalhas até a metade da disputa. Mas a partir da sétima regata os brasileiros perderam rendimento e deram adeus à chance de pódio. (leia mais).

Situação parecida viveram Bernardo Arndt e Alexandre Paradeda na classe 470. Os brasileiros, que começaram bem e permaneceram entre os cinco primeiros colocados na primeira metade da disputa em Atenas, caíram de rendimento a partir da sexta etapa, se distanciando dos líderes. No final, terminaram em oitavo lugar. (leia mais).

Na classe Finn, uma das mais prestigiadas, João Signorini não foi páreo para o britânico Ben Ainslie. Enquanto o algoz de Robert Scheidt em Sydney-2000 ganhou o título na nova categoria, o brasileiro fez uma competição regular e acabou apenas em décimo lugar.

Aos 27 anos, o velejador carioca fez em Atenas sua estréia em Olimpíadas. Conhecido no meio da vela como "Joca", Signorini passou boa parte da carreira competindo na Laser, a mesma classe de Robert Scheidt. Há dois anos, decidiu mudar para a Finn, onde viu uma oportunidade de ser o representante brasileiro na Grécia. Com mais experiência, deve ser nome brasileiro para futuras Olimpíadas. (leia mais).

Nas outras classes, os brasileiros ficaram muito longe das primeiras colocações. Maurício Santa Cruz e João Carlos Jordão terminaram a competição olímpica da classe Tornado na 17ª colocação entre 17 embarcações (leia mais). A mesma posição foi obtida por Fernanda Oliveira e Adriana Kostiw, na classe 470 feminina (leia mais). E na disputa feminina da classe Mistral, a musa Carol Borges foi a 25ª colocada (leia mais).

  Confira como o UOL Esporte noticiou a carreira de Bimba
 26/08/2004 -Bimba culpa TV e helicóptero e deseja 2008
 25/08/2004 -Sem medalha, Bimba exalta 4ª colocação na Mistral
 25/08/2004 -Bimba tem regata desastrosa e perde medalha "certa"
 24/08/2004 -Organização rejeita recurso, e liderança de Bimba é mantida
 23/08/2004 -Bimba vence regata, lidera e está a um 3º lugar do ouro
 23/08/2004 -Bimba perde duelo particular com israelense na 9ª regata
 21/08/2004 -Bimba perde liderança da Mistral para adversário israelense
 21/08/2004 -Bimba sustenta liderança, mas adversários estão perto
 20/08/2004 -Bimba perde para adversário, mas mantém liderança
 19/08/2004 -Bimba vence regata e assume liderança da classe Mistral
 18/08/2004 -Bimba é 2º e entra na batalha pela ponta da Mistral
 18/08/2004 -Bimba tem boa regata e assume a terceira posição
 16/08/2004 -Primeira regata da Mistral é considerada inválida



  Quadro da modalidade
  País Total
  1º GBR 2 1 2 5
  2º BRA 2 0 0 2
  3º ESP 1 2 0 3
  4º AUT 1 1 0 2

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