Danielle Zangrando | | | Nome completo: Danielle Zangrando
Data de nascimento: 25/07/1979
Local de nascimento: São Paulo (SP)
Altura: 1,63 m
Peso: 57 kg
Residência: Santos (SP)
Clube: Academia Rogério Sampaio, em parceria com o São Paulo F.C.
Categoria: leve
Participações em Olimpíadas: Atlanta-1996 e Atenas-2004
Campanha em Atenas: eliminada na repescagem
Principais conquistas: bronze no Mundial em 1995, no Japão
| "Contra a holandesa (Deborah Gravenstijn), não tem contestação. Fiquei chateada com a outra derrota (para a italiana Cinzia Cavazzuti), porque sabia que tinha chances de chegar ao bronze e fiquei bem decepcionada" | Danielle é a primeira brasileira a conquistar uma medalha na história do Mundial. A façanha foi alcançada em 1995, no Japão, quando foi bronze com apenas 16 anos. Mas não foi em Atenas que quebrou o tabu "machista" que envolve o judô nacional. As mulheres continuaram sem subir ao pódio olímpico.
Como conseqüência de seu primeiro feito, a leve ganhou a vaga para estrear em Olimpíadas no ano seguinte, em Atlanta. Perdeu logo na primeira luta e avaliou que era nova demais.
A trajetória para chegar a esta, que é sua segunda Olimpíada, foi tortuosa. Em 2000, Daniele acreditava estar em suas melhores condições, mas acabou eliminada na seletiva olímpica. No ano seguinte, uma cirurgia para hérnia de disco a deixou perto da aposentadoria.
Inspirada na conquista do pentacampeonato brasileiro no futebol, especialmente na recuperação do atacante Ronaldo, que antes do título havia passado pelo drama de contusões e cirurgias no joelho direito, a atleta voltou a competir em 2002 e venceu a seletiva para a Grécia.
A continuação do tabu por pelo menos mais quatro anos Danielle creditou à arbitragem. Na repescagem, a paulistana vencia a italiana Cinzia Cavazzuti por um waza-ari (segunda maior pontuação) contra um yuko (terceira). Os juízes então puniram as duas por falta de combatividade, o que daria o triunfo a Danielle, mas reconsideraram logo na seqüência, retirando a penalidade da italiana, empatando o combate. A luta foi para a prorrogação por "golden score" (ganha o primeiro que pontuar), e a rival européia conseguiu um yuko.
"Quando percebi que a arbitragem mudaria a marcação, achei que retirariam minha punição também, o que daria a vitória para mim de qualquer maneira. Quando vi que retiraram só a dela, não entendi nada. Não fiquei descontrolada por não ter vencido, mas ela se beneficiou com a decisão. Partiu para cima para a aproveitar a chance que teve. Eu também parti para cima, porque sabia que era tudo ou nada", relatou.
Antes, Danielle estreara com vitória por ippon sobre a chinesa Yuxiang Liu. Depois, também por "nocaute", caiu diante da holandesa Deborah Gravenstijn.
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