O goleiro Alê foi o responsável pela maior surpresa do Brasil nas Olimpíadas de Atenas. Com uma atuação quase perfeita, com direito a duas defesas de sete metros, ele comandou a seleção na partida contra a Hungria. Os brasileiros perderam por apenas um gol de diferença, mas mostraram que estão evoluindo no handebol. No Brasil, Alê joga no Imes/São Caetano e integrou o grupo que venceu a Argentina e obteve a inédita medalha de ouro no Pan de Santo Domingo-2003. Também participou do Pan de Winnipeg-1999 (prata) e já esteve em dois Mundiais, mas este é sua primeira Olimpíada.
A seleção representa uma volta por cima do atleta, cuja lembrança mais forte do esporte na infância é não ter dinheiro para pegar o ônibus para treinar. Ele começou no esporte em 1989, seguindo os passos da irmã. Escolheu jogar no gol pela facilidade de se posicionar e a coragem de pular nas bolas mais difíceis.
Em 2000, Alê viveu o pior momento na carreira: ficou fora da seleção. No ano passado também teve que lutar contra o tempo para se recuperar de uma contusão no ombro e jogar o Pan.