Aos 26 anos, chegou a Atenas como o principal nome do ciclismo brasileiro. O status, no entanto, não foi o suficiente para evitar que Pagliarini deixasse Atenas chateado com seu desempenho. O brasileiro teve um pneu furado durante a prova e acabou abandonando depois de perder muito tempo para consertar a bicicleta. "Em Atenas, demoraram uns 40 segundos para trocar o pneu, e no ciclismo isso é muito tempo." O primeiro contato de Luciano Pagliarini com uma bicicleta aconteceu quando o ciclista tinha três anos de idade. Desde então o paranaense nunca mais largou a "magrela". Nem mesmo as mudanças constantes de cidade, em virtude do emprego do pai, fizeram com que ele abandonasse o sonho de ser um profissional do esporte.
E o profissionalismo chegou cedo. Com 17 anos, Pagliarini já era contratado da Caloi, uma das principais equipes brasileiras. Os bons resultados fizeram com que ele recebesse um convite para competir na Itália. A primeira temporada italiana não foi muito boa. Em dois acidentes, quebrou duas vezes a clavícula. As contusões deixaram Pagliarini muito tempo de molho. Superado o impacto inicial, o brasileiro conseguiu se recuperar.
Em fevereiro, participou pela primeira vez da Volta da Malásia e venceu três etapas no sprint final - recorde de vitórias consecutivas na história da competição. No mês seguinte, venceu a Clássica de Almeria, na Espanha, e tornou-se o atleta mais vitorioso do início da temporada 2003. As vitórias renderam ao brasileiro um novo contrato com a Lampre, que o promoveu a primeiro sprintista para a temporada 2004.
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