Apesar dos 35 anos, Atenas-2004 pode não ser a última Olimpíada de Janeth. Ela comandou a seleção brasileira nas Olimpíadas, foi a quarta cestinha da competição, com 18 pontos por jogo e ainda levou o time às semifinais. Contra a Espanha, por exemplo, a vitória mais importante do Brasil, ela foi a cestinha do time, com 25 pontos. A aposentadoria ainda não tem data fixa. Ela quer disputar o Mundial de 2006, que será realizado no Brasil, e deve estar no Pan-Americano de 2007, no Rio de Janeiro. Quanto às Olimpíadas de 2008, em Pequim, tudo depende de seu corpo.
Nem Paula, nem Hortência. A maior vencedora do basquete feminino brasileiro é Janeth. Ela esteve presente em todas as conquistas da era marcada pela dupla de estrelas. Foi campeã mundial na Austrália em 1994, conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Atlanta-1996 e ainda ficou com o ouro pan-americano em Havana-1991.
A consagração, porém, veio após a aposentadoria das duas, no final da década de 90. Janeth assumiu o posto de líder da seleção e, em Sydney, levou o Brasil a uma surpreendente medalha de bronze, superando tropeços na primeira fase e batendo as fortes russas nas quartas-de-final.
Mas não pense que a camisa verde-amarela da seleção é a única com que Janeth brilhou. Ela é tricampeã brasileira e a maior cestinha da história do Campeonato Nacional, criado em 1998. Além disso, foi a primeira brasileira a jogar na WNBA, a liga americana profissional de basquete. Pelo Houston Comets, ela foi tetracampeã. É também a única jogadora da WNBA que, nos sete primeiros anos da liga, esteve em todas as partidas de seu time.