Rômulo da Silva teve participação discreta em Atenas. Tentou correr a maratona, mas desistiu da prova antes do fim. A falta de disciplina do jovem Rômulo Wagner, então com apenas 16 anos, fez com que o futebol paranaense perdesse um lateral. O atletismo, no entanto, ganhou um maratonista. Em 1993, o garoto foi aconselhado pelo próprio preparador físico do Paraná Clube a buscar carreira em um esporte individual. Rômulo fez um teste em uma escola de Curitiba, ganhou uma bolsa de estudos e virou fundista.
Antes de se consagrar como maratonista, Rômulo passou por períodos difíceis no atletismo. Concentrando-se em provas mais curtas, não encontrava bons resultados. O dinheiro começava a encurtar quando uma contusão o tirou das provas por quase todo o ano de 1998. Rômulo pensou em voltar ao futebol, e já treinava novamente com o Paraná Clube quando venceu uma corrida de rua no Rio Grande de Sul, prova que o próprio Rômulo define como ponto de virada em sua carreira.
Daí para frente, o corredor encontrou seu caminho, e decidiu focar de vez a carreira nos desgastantes 42,195 km da maratona. Em 2003, foi vice-campeão na prova de São Paulo, vencida por Vanderlei Cordeiro de Lima. No mesmo ano, foi vice na São Silveste, em prova que fez apenas para manter o ritmo de treinamentos no final da temporada. Já em 2004, foi terceiro na maratona de Roterdã e carimbou o passaporte para Atenas.