Nascido em Sobradinho (DF), cidade-satélite da capital Brasília, Hudson de Souza começou no atletismo aos 12 anos de idade, influenciado por seu professor de educação física. No início, Hudson participava -com algum sucesso- de provas de salto em altura.

Os primeiras ano da carreira fora de privações. Faltava tudo para Hudson: dinheiro, equipamentos, estrutura e um bom treinamento. Só não faltava apoio dos pais, que insistiram para que o garoto continuasse no esporte. Hudson pensava em abandonar os treinos e trabalhar como office boy em uma agência bancária. Os pais disseram que poderiam segurar as pontas até que o filho conseguisse caminhar com suas próprias pernas

Aos 16 anos, Hudson passou a treinar com João Sena, um dos principais nomes do atletismo brasiliense. Vendo no garoto esguio um grande talento para a corrida, Sena começou a treiná-lo em distâncias de meio-fundo, como os 800 e os 1.500 m.

Um ano depois, o jovem veio para São Paulo e passou a treinar com Adauto Domingues e se estabeleceu nos 1.500 m. Dois anos depois, foi para Presidente Prudente, no interior de São Paulo, e passou a ser instruido por Luiz Alberto de Oliveira, ex-técnico de Joaquim Cruz. Em 2000, garantiu vaga para as Olimpíadas de Sydney, depois de quebrar o recorde sul-americano da prova no GP do Rio de Janeiro. Em 2003, apesar de insatisfeito com o próprio tempo, o corredor levou o ouro dos 1.500 e dos 5.000 metros no Pan-Americano de Santo Domingo.

Hudson sofreu para conseguir a classificação para os Jogos de Atenas. Foi um dos últimos a conquistar o índice, que só veio no dia 4 de julho, uma semana antes do fim do prazo estabelecido pela CBAt. "Demorou, mas veio", comemorou Hudson, que lutava desde o início do ano para conseguir se encaixar em uma prova veloz e garantir a vaga nos 1.500 metros.

Como o UOL Esporte noticiou

22/08/2004 - Hudson de Souza está fora da final dos 1.500 m rasos