Uma simples aposta fez com que André Luiz Ramos abandonasse os gramados de futebol e se tornasse maratonista. Aos 17 anos, André treinava no juvenil do Atlético Mineiro e foi passar as férias de fim de ano com a família, no interior de São Paulo. Desafiado pelo cunhado a participar de uma prova de longa distância, a São Silvestre Riopardense, André aceitou a missão e fez bonito: terminou a prova, de 4.500 metros, na segunda colocação e partiu de vez para o atletismo.
O começo de carreira foi difícil. Até 1993, os bons resultados eram escassos, e pareciam se tornar cada vez mais distantes com o aumento da competitividade das provas. André pensou até em parar, mas foi incentivado por parentes e amigos e seguiu tentando obter um lugar de destaque.
As conquistas vieram: André venceu provas de meia maratona em Tóquio (1993) e Buenos Aires (1994), e chegou em quarto na maratona de Boston de 1998. Depois de um período treinando no exterior, voltou a se destacar em 2003, ao garantir o índice olímpico para a maratona na prova de Berlim. André foi o oitavo na prova vencida pelo queniano Paul Tergat, que quebrou o recorde na ocasião.
Em Atenas, Ramos não conseguiu mostrar bom desempenho. Abandonou a maratona, única prova que disputou.