Único representante brasileiro nos 400 m rasos, Anderson dos Santos se despediu das Olimpíadas logo em sua primeira corrida. Na tentativa de uma vaga nas semifinais, o mineiro fez o 57º tempo entre 62 velocistas -sendo que um nem largou e outro nem cruzou a linha de chegada. O velocista terminou em último lugar em sua bateria, com o tempo de 48s77. Com 32 anos, Anderson dos Santos já deveria ser considerado um veterano no atletismo. O mineiro de Além Paraíba, no entanto, só começou no esporte "depois de velho", como ele mesmo define: com 19 anos, Anderson aceitou os insistentes convites de um ex-professor do colegial e passou a treinar provas de velocidade.
Antes do atletismo, Anderson fez de tudo: trabalhou como faxineiro e datilógrafo em um jornal de sua cidade, fabricou e vendeu sorvetes, fez entregas, vendeu material de construções, imóveis, trabalhou com contabilidade... Viver do esporte, só aos 25 anos, quando foi contratado pela equipe do Arpoador e foi treinar nos Estados Unidos.
Uma contusão logo no início da estadia em San Diego deixou o atleta de fora das provas por mais de seis meses. O pior: em um período de poucas semanas, Anderson perdeu o pai e o contrato com o Arpoador. Sobrevivendo de doações dos amigos, o atleta deu a volta por cima ao conseguir o índice para o Pan-Americano de Winnipeg.
O objetivo de Anderson em Atenas era reproduzir a boa fase que viveu em 1999, quando foi semifinalista do Mundial de Sevilha na prova dos 400 m rasos e ganhou a prata no Pan-Americano com a equipe do revezamento 4x400 m. O plano, apesar da idade, foi adiado para Pequim-2008.
Como o UOL Esporte noticiou |
|
|