Exemplos de superação

Quando os atletas superaram a dor pela glória olímpica

Por Do UOL, em São Paulo

Os atletas já têm uma certa áurea sobre-humana por natureza. Afinal, eles superam desafios físicos e mentais em busca de vitórias, títulos e medalhas. A dor faz parte da rotina e dos treinamentos. Mas alguns se superaram e até competiram, na base do sacrifício, com sérias lesões em busca da glória olímpica.
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Shun Fujimoto

O ginasta é considerado um dos maiores heróis esportivos do Japão. Em Montreal-76, Fujimoto se machucou durante uma prova e teve de competir nas argolas com o joelho direito quebrado e os ligamentos rompidos. Tirou 9,7 e ajudou a sua equipe a conquistar o ouro olímpico.
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Sim, a dor atravessou o meu corpo como uma faca. Ela trouxe lágrimas aos meus olhos. Mas agora eu tenho a medalha de ouro...e a dor se foi."

Shun Fujimoto,
em entrevista após a conquista

Kate Richardson-Walsh

Na Olimpíada de Londres-2012, a capitã da seleção britânica de hóquei quebrou a mandíbula ao ser atingida pelo taco de uma adversária japonesa. Ela foi submetida a uma cirurgia, na qual foi colocada uma placa para estabilizar o osso. Walsh perdeu dois jogos, mas voltou a competir naquela edição e ajudou sua equipe a faturar o bronze. Na Rio-2016, ela ganhou o ouro.
Manuel Queimadelos Alonso/Getty Images

Manteo Mitchell

O estadunidense terminou a prova classificatória dos 4x400m na Olimpíada de Londres de um jeito bem doloroso. Ele disse que ouviu a perna "estalar" enquanto corria os últimos 200 metros, mas, ainda assim, conseguiu entregar o bastão ao companheiro. A equipe ficou em segundo lugar, se classificou para os Jogos e conquistou a prata.
Feng Li/Getty Images

Tive que decidir naquele momento se iria desistir, deixar para trás todo o meu trabalho duro, deixar tristes os três caras que viriam depois de mim. Eu não podia ser esse cara."

Manteo Mitchell,
em entrevista ao SportTV

Derek Redmond

Uma das cenas mais dramáticas e emocionantes da história olímpica é a do britânico Derek Redmond cruzando a linha de chegada nos 400m rasos em Barcelona-92. Na semifinal, Michell sentiu uma lesão muscular na coxa direita e caiu, mas se levantou terminou a prova mancando e aplaudido pelo público. O pai dele invadiu a pista e o ajudou a cruzar a linha.
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Foi muito difícil. A lesão veio na hora errada, no meio de uma corrida. Não foi um bom momento nem fácil lidar com isso. Fiquei chateado e frustrado, e decidi que, naquele momento, as Olimpíadas não ganhariam de mim. Eu iria, ao menos, terminar a corrida. Foi isso o que me fez continuar correndo."

Derek Redmond,
Em entrevista ao brasil2016.gov.br

Kerri Strugs

Em Atlanta-96, a ginasta estadunidense rompeu dois ligamentos do tornozelo ao saltar sobre a mesa. Mas os EUA precisavam de mais um bom salto para assegurar o ouro. Com dor, ela saltou na base do sacrifício, aterrissou com precisão e garantiu o topo do pódio para a equipe.
Feng Li/Getty Images

Greg Louganis

O estadunidense bateu a cabeça no trampolim na fase preliminar dos Saltos Ornamentais dos Jogos de Seul-88. Ele foi atendido na beira da piscina e levou cinco pontos. Apesar do susto, avançou para a final e conquistou o ouro no trampolim de 3 metros. Uma semana depois, chegou ao lugar mais alto do pódio no trampolim de 10 metros.
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Tuvshinbayar Naidan

Em Londres-2012, o judoca mongol, então campeão olímpico no meio-pesado, rompeu o ligamento do joelho esquerdo na semifinal contra o sul-coreano Hwang-Hee-Tae. Ele ganhou a luta e voltou para disputar o ouro contra o russo Tagir Khaibulaev. Foi derrotado e garantiu a prata.
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Andreas Toba

O ginasta alemão rompeu o ligamento do joelho nas eliminatórias do solo na Olímpiada do Rio. Ele caiu chorando e foi atendido pelos médicos. Apesar da gravidade da lesão, voltou, horas depois, para completar o seu programa no cavalo com alça. A Alemanha não conseguiu medalha, mas Toba deu exemplo de superação.
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Gabriele Andersen

A suíça Gabriele Andersen protagonizou uma das imagens mais emblemáticas de superação em Olimpíadas. Nos Jogos de Los Angeles 1984, ela cruzou a linha de chegada com um quadro grave de desidratação e praticamente sem controlar os músculos do corpo... mas completou a maratona.
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Publicado em 21 de julho de 2021.