UOL Esporte Natação
 
30/07/2009 - 08h04

EUA já apelam para filmes e auto-ajuda para tentar recuperação

Bruno Doro
Em Roma (Itália)
Em Pequim-2008, os Estados Unidos terminaram o quadro de medalhas da natação em primeiro lugar graças à Michael Phelps, oito dos 12 ouros do time. Em Roma, o fenômeno das piscinas nunca esteve em posição tão frágil. Assim como o "Team USA".

Após quatro dias de competição, os norte-americanos tem quatro medalhas de ouro na modalidade. O total é o mesmo, por exemplo, que a Itália, graças à Federica Pellegrini e seus dois ouros, nos 200m e 400m livre - e um pódio das maratonas aquáticas. E inferior à Alemanha, com os dois ouros de Paul Biedermann - e dois em águas abertas.

A situação preocupou tanto que o treinador principal da equipe, Mark Schubert, reuniu o time no hotel, após a provas de terça-feira, e exibiu um vídeo. Nele estavam fotos de pódios antigos da equipe e imagens do exército do país e do treinamento que os nadadores fizeram com os fuzileiros navais.

"Sabemos que não começamos esse campeonato com a força que sempre costumamos ter. Mas o filme nos inspirou", admitiu Mark Gangloff, co-capitão da equipe. Ele foi terceiro na quarta-feira, atrás do brasileiro Felipe França. "Como capitão, até poderia tentar mudar alguma coisa, conversar com as pessoas. Mas eu não quero atrapalhar ninguém", completou o nadador de 27 anos.

Phelps, inclusive, é o maior exemplo da fragilidade dos norte-americanos. Imbatível há um ano, ele passou seis meses sem nadar, se envolveu em uma grande polêmica, foi flagrado fumando maconha e cumpriu suspensão por doping. Voltou a treinar, mas chegou ao Mundial bem longe da forma que gostaria.

"Eu sei que estou longe do que era em Pequim. Nunca tinha ficado tanto tempo sem treinar, não sabia como meu corpo iria reagir. Então, não posso me decepcionar por chegar aqui e ver nadadores mais rápidos", analisou Phelps.

Quem decepcionou com as cores do "USA Team" foi Aaron Pearsol, o outro capitão da equipe (o posto foi escolhido por votação). Recordista mundial dos 100m costas, ele errou na semifinal. Nadou sem se preocupar com o tempo e, quando olhou para o placar, era só nono mais rápido. "Achei que estava mais rápido".

Até agora, os quatro ouros dos EUA em Roma foram conquistados por Phelps (200m borboleta), Rebecca Soni (100m costas), Ariana Kukors (200m medley) e revezamento 4x100m livre masculino. O time ainda fez, na piscina, duas pratas e dois bronzes.

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