César Cielo, 22, ainda não mostrou seu melhor no Mundial de Roma. Pelo menos é isso que avisa o próprio nadador.
Ele chega à decisão dos 100 m livre, nesta quinta-feira, com a melhor marca obtida na piscina do Foro Itálico. Na abertura do revezamento 4 x 100 m, ficou a apenas 0s04 do recorde mundial.
Nas eliminatórias da prova, porém, não venceu nenhuma série. Nesta quarta, na semifinal, terminou com o segundo tempo.
"Deu para dar uma desacelerada no final para amanhã [hoje] chegar acelerado e conseguir tirar o melhor resultado possível", afirmou o atleta.
"Espero baixar meu melhor tempo, não quero repetir essa marca", completou Cielo.
Seu principal adversário será o francês Alain Bernard, dono do tempo mais rápido deste ano (46s94). A marca não foi considerada recorde mundial porque ele usou um traje que não havia sido aprovado. Agora, desfila a peça em Roma.
No duelo em Pequim-2008, Bernard levou a melhor. Cielo fazia sua estreia na Olimpíada e em uma prova que não é sua principal especialidade. Foi bronze. Poucos dias depois, estava no topo do pódio dos 50 m livre, com Bernard em terceiro.
A final dos 100 m livre em Roma terá também a presença de Nicolas Oliveira, maior zebra da prova. Especialista nos 200 m livre, nem ele acreditava no seu tempo: 47s88, o quarto melhor entre os finalistas.
A performance foi tão impressionante que chamou a atenção da imprensa internacional. Nesta quarta à noite, jornalistas queriam saber até o tamanho do pé do atleta. Nicolas tem 21 anos e 1,95 m.
"Eu havia dito que não era impossível [chegar à final]. Eu não tinha nada a perder, ainda estou assustado", disse ele.
Pela manhã, Nicolas havia dito que precisaria fazer a prova da sua vida para se classificar.
"Acho que foi bem perto disso. Às vezes acontecem umas coisas que não têm explicação, você está iluminado."
FinalistasThiago Pereira fez nesta quarta o sexto tempo nas semifinais dos 200 m medley, 1min57s35, na série mais fraca. "Na final, não tem estratégia. Tenho de passar forte em todos os estilos", afirmou Thiago.
Fabíola Molina também terá a chance de buscar uma medalha nos 50 m costas. "Fico muito agradecida de, com 34 anos, ainda estar disputando contra as melhores do mundo", afirmou ela, que bateu o recorde sul-americano (27s70).
Na mesma série da brasileira, a russa Anastasia Zueva estabeleceu o novo recorde mundial (27s38).