UOL Esporte Natação
 
05/11/2008 - 08h10

Sem acordo, Cielo pode não voltar a vestir maiô do ouro olímpico

Bruno Império
Em São Paulo
César Cielo não deverá mais cair na água com o polêmico LZR, maiô que utilizou nas conquistas da medalha de ouro e bronze dos 50 e 100 metros livre, respectivamente, nas Olimpíadas de Pequim. Sem acordo com a Speedo para uma renovação de contrato, Flávia Cielo, mãe e empresária do nadador, estuda trocar a fornecedora de material esportivo do atleta para a próxima temporada. Conversas com algumas empresas já estariam, inclusive, em estágio avançado.

CARREIRA VIRA COISA DE FAMÍLIA
Beatriz Toledo/Folha Imagem
O período pós-ouro foi caótico para César Cielo, com eventos e mais eventos, muitos sem ligação com esporte. Para garantir que maratonas como essa aumentem a conta bancária do campeão olímpico, a família Cielo resolveu assumir a gestão da carreira do nadador. Professora universitária, a mãe Flávia virou empresária do filho.
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Cielo foi campeão olímpico com a marca de 21s30, tempo apenas dois centésimos acima do recorde mundial. Agora, a mãe de do atleta espera conseguir um tratamento diferenciado para o filho por parte do futuro fornecedor.

"Gosto muito do pessoal da Speedo, mas tenho que pensar no melhor para o Cesão, não é? A Speedo desenvolve um material muito bom, mas que é projetado em outros nadadores. Nas empresas que estou conversando, o Cielo receberia uma atenção diferente. Os maiôs que ele utilizaria seriam feitos sob medida para ele. Além disso, ele também ajudaria no desenvolvimento de maiôs", disse Flávia em entrevista ao UOL Esporte.

Em Pequim, Cielo utilizou o LZR Racer, apontado como grande responsável pela maior parte das quebras de recordes em 2008. Sem costuras, o modelo retém menos água e dá maior flutuabilidade.

Antes dos Jogos, Cielo chegou a testar o Tracer, fabricado pela TYR. No entanto, apesar de ser mais resistente que o LZR, Cielo não se adaptou ao modelo. O brasileiro teve dificuldades para vestir a peça e se queixou que ela apertava demais na região do peito.

Flávia, que recentemente assumiu a função de empresária do filho, prefere não dar pistas de qual seria o provável novo fornecedor de material esportivo de Cielo. No entanto, segundo ela, a Speedo deixou as portas abertas caso ela não consiga fechar com outra empresa.

A reportagem tentou falar com Cielo por meio de sua assessoria de imprensa, que afirmou que assuntos referentes a contratos são tratados apenas pela mãe e empresária do atleta.

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