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Belfort quer última luta no UFC em setembro, no Canadá, e já escolhe rivais

Vitor Belfort tem mais uma luta no contrato com o UFC - Reprodução/Twitter
Vitor Belfort tem mais uma luta no contrato com o UFC Imagem: Reprodução/Twitter

Adriano Wilkson e Guilherme Dorini

Do UOL, em São Paulo (SP)

19/07/2017 20h16

Vitor Belfort já definiu a data para fazer sua última luta no UFC - pelo menos do atual contrato. Segundo apurou o UOL Esporte, o estafe do brasileiro já expôs ao UFC que quer estar no evento 215 da organização, que será realizado no dia 9 de setembro, em Edmonton, no Canadá. Além disso, três adversários já foram aceitos pela equipe do Fenômeno: Uriah Hall, Derek Brunson ou Tim Boetsch.

Outra opção do UFC para essa última luta seria Paulo Borrachinha. Na noite da última terça-feira (18), a equipe do lutador mineiro foi procurada pela organização para conversar sobre a possibilidade de enfrentar Belfort. O lutador, que vem de duas vitórias por nocaute, aceitou o desafio e passou a fazer campanha nas redes sociais pelo combate. A equipe de Belfort, porém, recusou a possibilidade, já que não pretende lutar contra outros brasileiros.

Borrachinha reagiu decepcionado. "Lutador do UFC não é legal ficar escolhendo a dedo a luta", disse o mineiro por telefone ao UOL Esporte. "Se não ele aceitar lutar comigo vai ser como se ele estivesse correndo de mim. Eu quero lutar com os melhores. Pedi ao UFC um adversário TOP 10 e ele tá no 11º do ranking. Acho que seria uma boa luta, de dois caras que buscam ficarem pé. Em 2015, ele me chamou para participar de um camp dele nos EUA, fiquei um mês ajudando lá e no segundo ele falou que eu estava muito forte pra treinar com ele e comprou passagem para eu voltar. Fiquei chateado."

Apesar de não querer lutar com brasileiros, Belfort gostou da ideia de atuar no UFC 215 por causa da localização. O carioca mora e treina nos Estados Unidos, mas fez grande parte de sua preparação para a última luta - no UFC Rio - na Tristar Gym, academia reconhecida mundialmente por ser a casa de Georges St-Pierre. Localizada no Canadá, ela é comandada por Firas Zahabi, treinador que recebeu muitos elogios do brasileiro após a vitória contra Nate Marquardt.

"Sem sacrifício, não há glória. Galera, obrigado pelo carinho. Beijo para minha esposa, meus filhos, treinadores, a toda equipe lá no Canadá. A todos que investiram na minha vida e na minha carreira. Sou muito grato a todos que plantaram uma semente na minha vida", disse Belfort ainda no octógono no Rio de Janeiro. "Acabei de falar para o Firas Zahabi que vou dar mais cinco lutas para ele. Vocês vão ter que me aguentar. Vou voltar e me reinventar a cada vez", completou na época.

Apesar de prometer mais cinco lutas na época, Belfort só tem mais uma no contrato com o UFC, como publicou o UOL Esporte na semana de sua última luta. Depois disso, seu futuro é incerto. Ainda segundo apurou a reportagem, uma renovação com a organização comandada por Dana White nem sequer começou.

Belfort é o número 11 do ranking dos médios (até 84 kg). Os três adversário escolhidos também aparecem entre os 15 melhores, mas ainda são considerado "segundo escalão" da categoria. Uriah Hall é o 14º e vem de três derrotas seguidas; o experiente Tim Boetsch aparece uma posição acima, vindo de vitória sobre Johny Hendricks, e Brunson é o melhor ranqueado, em 7º, e se recuperou de dois tropeços seguidos, um deles para Anderson Silva, contra o veterano Dan Kelly.

Brunson, inclusive, era nome certo para o combate. No entanto, depois de quase ter o martelo batido, o norte-americano recuou e fez com que a situação fosse travada.