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VanZant espera prêmio de nocaute do ano e admite motivação a mais para luta

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Imagem: Darryl Dyck/The Canadian Press

Fernando Notari

Do UOL, em São Paulo

16/12/2016 06h00

Paige VanZant, no dia 27 agosto de 2016, assinou uma obra de arte – ou algo equivalente a isso no mundo do MMA. A norte–americana saltou, fintou chute com a perna direita e emplacou canelada com a canhota na cabeça da australiana Bec Rawlings. Fim de papo: a rival desabou. Não à toa, pelo desfecho de cinema, VanZant contou ao UOL Esporte que espera levar o prêmio de nocaute de ano.

"Adoraria ser considerada a autora do nocaute do ano", disse a lutadora. No começo de 2017, o evento MMA Awards, ou "Oscar do MMA", como ficou popular no Brasil, premiará os melhores do ano anterior no esporte, em várias categorias. "Tiveram muitos nocautes incríveis neste período", ponderou, antes de afirmar que seu golpe tem o que é preciso para ser considerado o mais bonito.

"Mas eu estou feliz comigo mesma por ter conseguido nocautear. Não sou eu que decido [sobre o prêmio]. Todo mundo pode votar, os fãs que decidem", prosseguiu.

O nocaute, mais do que plástico, teve valor simbólico fundamental para VanZant. Aos 22 anos, mesmo sem nenhuma conquista relevante na carreira, ela é um dos maiores nomes do MMA feminino e carrega o peso de ser esperança de renovação para o UFC. Estreou correspondendo às expectativas, com três vitórias seguidas, mas foi finalizada por Rose Namajunas no seu primeiro grande desafio, em dezembro de 2015. Ficou quase um ano parada, voltou à ativa contra Bec Rawlings e respondeu à derrota anterior com o chute alto arrasador. 

"Não senti pressão nenhuma [contra Namajunas]. Eu não sinto pressão", rebateu, quando perguntada se a expectativa posta sobre ela lhe provoca efeito negativo. "Não foi por isso que a luta terminou daquela forma", acrescentou. A rival lhe venceu por finalização no quinto round e foi superior em todo o confronto. 

Paige VanZant fará no sábado sua sexta apresentação no UFC e, a despeito de já falar em superluta em peso combinado contra Ronda Rousey, precisa da vitória para se consolidar na sua categoria, a peso-palha feminino (até 52 kg). A rival da vez é a experiente MIchelle Waterson, também norte-americana.

E, para assegurar mais um triunfo, conta com "combustíveis extras" para o confronto: o evento será em Sacramento, Califórnia, no "quintal" de casa de VanZant - ainda que não tenha nascido lá, Sacramento é a cidade em que reside e a qual defende. "Estou muito empolgada por lutar aqui, por ser o main event na frente de tantos fãs e família", afirmou. Como se não bastasse, tem ainda outra motivação: estrelará a noite que terá despedida de seu mentor, Urijah Faber. 

"Isso definitivamente me motiva mais porque Faber me criou como lutadora e me trouxe muito sucesso. Sinto-me muito motivada em lutar no mesmo card que ele. Ainda mais nesse, que vai ser sua última luta", prosseguiu. 

Estrela do cinema?

Paige VanZant quer, a exemplo de Ronda Rousey, conciliar sua carreira no MMA com uma de atriz. No período em que ficou inativa no mundo das lutas, entre a derrota para Namajunas e a vitória sobre Rawlings, participou de um programa similar ao "Dança dos Famosos" nos Estados Unidos. Foi vice-campeã. Agora, afirma, quer atuar em Hollywood para interpretar uma personagem da Marvel. "Não ligo pra qual, acho que faria bem qualquer personagem da Marvel, mesmo que fosse um vilão. Não tenho uma personagem preferida", finalizou.