Johnny Eduardo expõe realidade de atletas que ficam na geladeira do UFC
Lutador de MMA é uma espécie de caçador de recompensas: não tem salário mensal e depende de suas lutas para receber o sustento e pagar todas as pessoas envolvidas em sua preparação, que dura meses.
Peso-galo do UFC, Johnny Eduardo finalmente conseguiu uma luta, diante de Manny Gamburyan, no próximo dia 19, em São Paulo, mas o atleta da Nova União sabe o quão agoniante é ser "esquecido" pela empresa, enquanto as contas acumulam.
"É uma luta muito boa pra mim, estou feliz. Só fico triste com a demora do UFC de me botar pra lutar. Tem esse problema com a geladeira, algo administrativo deles, mas isso a gente não consegue mudar. Só queria lutar mais vezes, e não uma vez por ano. Infelizmente, não sei porque isso acontece. Perguntei ao meu empresário, perturbei muito ele para essa luta acontecer. Foi assim: eu perturbando muito, pedindo muito pra lutar; ele pedindo, falando com a organização. Agora me deram a oportunidade. Foram meses de espera, sem expectativa nenhuma, sem lesão e com muita vontade de brigar", disse o atleta, em recente media day realizado no Rio de Janeiro (RJ).
Aos 36 anos, Johnny Eduardo não luta desde dezembro do ano passado, quando acabou derrotado por Aljamain Sterling. O especialista em muay thai expôs o que muitos atletas do alto nível do MMA tem que passar para sobreviver e elegeu Vitor Belfort para liderar um sindicato em prol dos lutadores.
"Isso tudo gera uma grande decepção e frustração para nós lutadores, porque mexem onde não é pra mexer: no dinheiro da bolsa. Infelizmente, alguns atletas não conseguem juntar uma grana por causa disso, porque não temos hoje um patrocínio que possa expor a marca dentro do UFC. Então, isso tudo se torna algo prejudicial. Mas brasileiro é isso aí, sempre rompendo barreiras. Eu não sou diferente", encerrou.
Na luta principal do UFC São Paulo, o baiano Rogério Minotouro encara o norte-americano Ryan Bader, em duelo válido pela divisão dos meio-pesados.
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