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Brasileiro mais antigo do UFC aceita suspensão de dois anos por doping

Gleison Tibau é suspenso por dois anos após ser flagrado em exame antidoping - Marco Dutra/UOL
Gleison Tibau é suspenso por dois anos após ser flagrado em exame antidoping Imagem: Marco Dutra/UOL

Do UOL, em São Paulo

17/02/2016 14h32

O lutador brasileiro Gleison Tibau desistiu de tentar entrar com recurso junto a Comissão Antidoping dos Estados Unidos (USADA, na sigla em inglês) e aceitou a punição de dois anos imposta pela entidade após ser flagrado em um exame antidoping revelado após sua vitória sobre Abel Trujillo.

De acordo com o relatório emitido pela entidade, Tibau teria sido flagrado em um exame antes da luta e fora do período de competições. A substância encontrada teria sido a eritropoietina, um hormônio que aumenta a produção de células vermelhas do sangue. A elevação do hormônio ocasiona o maior recebimento de oxigênio pelos músculos para produção de energia aeróbica, melhorando a performance.

Apesar da amostra colhida após a luta ter retornado com resultado negativo para qualquer substância proibida, o lutador desistiu de apelar contra o resultado anterior e aceitou a punição.

“Eu irei aceitar a punição mínina estabelecida pelas novas regras, que são os dois anos de suspensão. Não iria dar certo gastar todo esse dinheiro para simplesmente reduzir a pena em alguns meses. Não vale o custo. Os gastos são muito altos para tentar apelar sobre a cesião, então isso acabou”, declarou o lutador em entrevista ao site MMA Junkie.

O lutador ainda seguiu explicando sua decisão de aceitar a punição imposta pela USADA. De acordo com o atleta, que é o brasileiro com mais lutas pela organização (26), todo o desgaste causado pelos procedimentos jurídicos também o levaram a desistir do processo.

“É mentalmente desgastante estar no tribunal. Eu irei apenas falar com a minha equipe e meu empresário para dizer que não quero recorrer da decisão. Então é isso, são dois anos sem pisar no octógono. É difícil para mim. Eu sempre amei competir, ser ativo. Talvez seja a hora de eu me reinventar, aprender novas técnicas e voltar melhor, mais forte e mais  versátil”, finalizou o atleta, que voltará a lutar aos 34 anos caso a punição de dois anos seja mantida.