08/11/2009 - 16h08

Minas conquista, pela 1ª vez, o título do Grand Prix masculino

Do UOL Esporte
Em São Paulo

O Minas/Belo Dente conquistou neste domingo, pela primeira vez, o título do Grand Prix Nacional Masculino de Judô, mais importante torneio de clubes da modalidade no país. No ginásio do Palmeiras, em São Paulo, os mineiros, comandados pelo campeão mundial de 2007 Luciano Corrêa, venceram o São Caetano/USCS por 3 lutas a 1.

Luciano Correa joga Luiz Carmo ao chão e depois comemora: após 3 punições, ele venceu por ippon
Equipe do Minas faz a festa com o troféu: após seis títulos de equipes paulistas, mineiros vencem

Os pontos da final vieram com Nacif Elias (-81kg), Hugo Pessanha (-90kg) e Luciano Corrêa (+90kg). O ponto do São Caetano foi marcado por Bruno Mendonça (-73kg). A equipe de Barueri ficou com a medalha de bronze. Tanto Minas quanto o Barueri subiram pela primeira vez no pódio no Grand Prix. No próximo fim de semana, em Brasília, será disputada a edição feminina do GP.

A vitória do Minas quebrou a hegemonia paulista no evento. Desde que foi criado, em 2003, o GP sempre teve campeões de São Paulo, com vitórias do São Caetano por duas vezes e do Pinheiros, que faturou as últimas três edições.

"O grupo esteve muito unido durante todo o evento. Isso que faz a diferença no Grand Prix. Não adianta só ter uma equipe forte. É preciso união. E a medalha veio finalmente. E de ouro. Cada um superou sempre os seus limites", diz Nacif Elias, que na decisão venceu Marcelo Ferreira por ippon.

"Estava muito empenhado em conquistar essa medalha. Sabia que o Minas não tinha um título no GP e faltava esse para a coleção. Viemos com uma equipe muito forte, que estava em busca do pódio. De algum jeito tinha que sair. Fico feliz em ter lutado e conseguido. Esse título é um presente para o clube, que me oferece uma ótima estrutura de treinos e sempre me apóia", completou Luciano Corrêa.

A medalha de prata não teve um gosto amargo para o São Caetano. Com muitos atletas lesionados e uma equipe pequena, o time do ABC manteve a tradição de sempre estar entre os finalistas. Esta foi a quinta medalha em seis edições do torneio, ficando de fora do pódio apenas em 2006.

"Foi medalha de superação. Acredito que se fizermos uma análise das condições da equipe, chegamos mais longe do que imaginávamos e ainda perdemos o Carlos Honorato durante o torneio. Tivemos uma grande união para chegarmos a este resultado", diz Flávio Honorato, irmão do medalhista olímpico.

O Barueri foi outro clube a brilhar no GP. Depois de seis edições, os atletas finalmente puderam ter o gostinho de subir ao pódio. O bronze veio com uma vitória por 2 a 0 sobre a Universidade Castelo Branco. "Com tantas equipes fortes, como o Minas, Sogipa e Pinheiros é um grande resultado ser bronze. O Barueri tem vários atletas fortes e alguns desconhecidos, que fizeram a diferença na competição. Desde sexta-feira foi uma caminhada longa e tudo deu certo na disputa do bronze com a Castelo Branco. Só tenho a agradecer ao grupo do Barueri", afirma Alex Pombo, titular de equipe sub-23 do Brasil.

Eliminado na segunda fase de grupos, o Pinheiros desistiu da disputa de quinto ao oitavo lugar. Segundo o regulamento do GP, a equipe paulista foi desclassificada da competição e terá que disputar uma seletiva em 2010 para retornar ao evento. Outro favorito que decepcionou foi a Sogipa, que, com o bicampeão mundial João Derly e o espanhol Sugoi Uriarte, ficou em quinto lugar.