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Brasileiros podem ganhar duas medalhas. Mas só um deles defende o Brasil

Do UOL, em São Paulo

28/08/2014 06h00

Pela primeira vez no Mundial de Chelyabinsk, na Rússia, dois atletas nascidos no Brasil passaram da fase de classificação com chance de subir ao pódio no mesmo dia. Só um deles, porém, pode dar uma medalha para o país.

Victor Penalber, ex-líder do ranking mundial, perdeu para o medalhista olímpico canadense Antoine Valois-Fortier nas quartas de final. Com isso, vai para a chave de repescagem dos meio-médios (81kg). Ele é o judoca que pode medalhar pelo Brasil.

O outro é o capixaba Nacif Elias. Ex-membro da seleção brasileira e titular no Mundial de Rotterdã, em 2009, ele defende o Líbano desde o ano passado. Em sua estreia como libanês, no Mundial de 2013, no Rio, venceu só uma luta.

Agora, foi bem melhor. Na Rússia, ganhou três vezes, incluindo uma vitória sobre o medalhista de bronze do forte campeonato asiático, o mongol Uuganbaatar Otgonbaatar. Ele parou só nas quartas, contra o francês Alain Schmitt – que aproveitou o cansaço do brasileiro-libanês para vencer nas punições.

O torneio de Penalber foi mais consistente. Ele bateu o armeno Rafael Davtyan e o uruguaio Alain Aprahamian com dois wazaris, em menos de um minuto. Em sua terceira luta, eliminou o polonês Lukasz Blach, em um combate que dominou durante todo o tempo.

A derrota veio contra o canadense Valois-Fortier, bronze em Londres-2012. Mais alto, ele usou a maior envergadura para complicar a tática do brasileiro. Penalber chegou a abrir vantagem de um yuko com 1min30s de luta, mas acabou permitindo um golpe no meio do combate, que foi pontuado como wazari. Não conseguiu se recuperar.

Na repescagem, enfrenta o campeão mundial de 2009, o russo Ivan Nifontov. O rival de Elias não será muito mais fácil: o japonês Takanori Nagase.

A outra brasileira a lutar foi Mariana Silva, reserva da equipe que entrou no lugar da contundida Mariana Barros. Ela foi bem suas duas primeiras lutas, vencendo Laura Lopez, de Andorra, por ippon no primeiro minuto, e Agata Ozdoba, da Polônia, com um wazari. Nas oitavas, porém, acabou derrotada por imobilização a 15 segundos do fim da luta pela francesa Anne-Laure Bellard.