Metodista vence, é campeã e livra Liga masculina de "tapetão"

Da Redação
Em São Paulo

A Metodista/São Bernardo venceu o Unifil Londrina/Sercomtel por 26 a 17, no ginásio Baetão, em São Bernardo do Campo, livrou a decisão da Liga Nacional masculina do "tapetão" e garantiu pela sétima vez o título da competição.

Reginaldo Castro/Divulgação 
Jogadores da Metodista festejam o título da Liga Nacional masculina de handebol
A primeira partida aconteceu no último fim de semana, em Londrina, com empate por 28 gols. No segundo jogo, a Metodista venceu em casa por 21 a 20. Com isso, inicialmente, a Metodista entraria em quadra precisando apenas de um empate, enquanto os paranaenses necessitariam de duas vitórias, uma no tempo normal e outra na prorrogação, para ficar com o título.

Antes do confronto, no entanto, o "temor" por um imbróglio jurídico se tornou realidade. Um gol marcado pelo armador esquerdo Agberto no final do primeiro tempo da primeira partida da decisão foi responsável pela entrada do Londrina com um pedido junto à CBHb (Confederação Brasileira de Handebol) para a revisão do resultado.

As câmeras de televisão captam Agberto pegando o rebote e marcando para a Metodista aos 30min00s08. De acordo com a regra, o cronometrista, responsável pelo término de cada tempo, apita o final no 30º minuto e tudo o que acontece depois é invalidado. Como o gol aconteceu 0s08 depois do fim, a CBHb atendeu o pedido da equipe paranaense, levando a decisão para o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

"Nossos departamentos constataram que houve um erro de direito. Se a Metodista vencer, o campeonato será finalizado. Se não, será paralisado e não acontecerá nem a prorrogação", afirmou o presidente da CBHb, Manoel Luiz Oliveira, antes do confronto, em entrevista à "ESPN Brasil".

"Como desportista, eu diria que um novo jogo deveria ser marcado. A Metodista e o Londrina não podem ser prejudicados. Mas não sabemos, não é a minha área, vamos ver o que o STJD vai decidir", completou o dirigente.

Fora do "tapetão"
Dentro de quadra, a Metodista encerrou com a polêmica e fez com que a final da Liga Nacional escapasse de ser decidida nos tribunais, verdadeira "moda" que assola o futebol.

O primeiro tempo foi marcado pelo equilíbrio. Primeiro, pelos seguidos erros que propiciaram contra-ataques para as duas equipes. Depois, pela boa presença das duas defesas. Melhor nas finalizações, o time de São Bernardo foi para o intervalo em vantagem, por 12 a 11.

Já a segunda etapa foi de total domínio da Metodista. Aproveitando desconcentração do Londrina, a equipe da casa abriu cinco gols logo no início do tempo complementar. Os paranaenses chegaram a encostar no placar, mas não conseguiram a virada graças a grande atuação do goleiro Marcão e acabaram superados por 26 a 17 em sua primeira final da Liga.

O resultado faz com que o time do ABC paulista se firmasse como a principal força do handebol masculino brasileiro. Este foi o sétimo título da equipe em oito edições da Liga Nacional. Comandada pelo técnico Alberto Rigolo, a equipe foi campeã de 1997 a 2002 e perdeu a decisão apenas em 2003, para o Imes/São Caetano, terceiro colocado neste ano, ao superar o EC Pinheiros por 23 a 22.

Enquanto a Metodista confirmou o rótulo de "bicho papão" da Liga, o Londrina se assegurou como principal força emergente da modalidade. A equipe estreou na competição em 1999, como Cesulon/Londrinense, terminando em sétimo. Nos anos seguintes, só melhorou de posição: foi sexto em 2000, quarto em 2001 e 2002 (já como Unifil Londrina/Colégio Londrinense) e terceiro no ano passado.