UOL Esporte Ginástica
 
20/10/2009 - 07h11

Top 12 - Destaques e decepções do Mundial de ginástica

Do UOL Esporte
Em São Paulo
O primeiro Mundial de ginástica artística após os Jogos Olímpicos de Pequim não apresentou grandes estrelas da nova geração do esporte. Ao contrário, coroou antigos nomes como o do romeno Marian Dragulescu e comprovou a hegemonia da China. Já grandes potências como a Rússia e os Estados Unidos deixaram a desejar, enquanto a seleção brasileira voltou para casa sem uma medalha sequer.

Confira abaixo os grandes destaques e as maiores decepções da competição disputada na última semana em Londres.

OS DESTAQUES DO MUNDIAL
1- Marian Dragulescu: O romeno foi ao Mundial de Londres completamente desacreditado. Após o fiasco nos Jogos de Pequim-2008, quando caiu no solo e ficou distante do pódio, Dragulescu chegou a anunciar aposentadoria no início deste ano. Mas para a sorte dos amantes de ginástica, o europeu voltou aos tablados, treinou por dois meses e foi à Inglaterra em sua melhor forma: foi o único ginasta a conquistar dois ouros e chegou ao incrível número de oito medalhas douradas em mundiais.
2- Arthur Zanetti: O brasileiro partiu para o 2º Mundial de sua carreira à sombra de Diego Hypolito e até dos veteranos Victor Rosa e Mosiah Rodrigues, mas chegando a Londres mostrou que é um dos grandes ginatas do país para o futuro. Após entrar na final das argolas com a última nota, o paulista de 19 anos fez uma bela apresentação e até liderou a decisão. Acabou ultrapassado e não subiu ao pódio, mas o 4º lugar foi o melhor resultado de um brasileiro em Mundiais depois dos ouros de Hypolito.
3- Koko Tsurumi: A japonesa de 16 anos começou a despontar no cenário internacional neste ano, em etapas da Copa do Mundo de ginástica artística, mas não era um dos principais nomes do Mundial de Londres. Ainda assim, foi uma das ginastas mais regulares da competição, desbancou favoritas e somou duas medalhas: uma prata nas barras assimétricas e um bronze no individual geral.
4- 'Vovô' Iovtchev: Iordan Iovtchev foi o ginasta mais velho a disputar o Mundial de Londres. Foi à competição apenas para disputar as argolas, seu melhor aparelho, e mais uma vez não decepcionou. O atleta de 36 anos, que também acumula a função de presidente da Federação Búlgara, fez grande apresentação na final e conquistou a medalha de prata. Foi o 12º metal conquistado por Iovtchev em Mundiais, desde a edição de 1995 em Sabae, no Japão.
5- China: Grande destaque dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, quando assegurou nove medalhas de ouro, a China voltou a brilhar no Mundial de Londres. Mesmo sem ter colocado nenhum ginasta nas finais de individual geral, os atletas do país asiático foram campeões de seis dos 10 aparelhos disputados, além de ter feito duas dobradinhas. Destaque para Zou Kai, que faturou o ouro na barra fixa e a prata no solo.
6- Beth Tweddle: A veterana britânica poderia entrar na lista das decepções do Mundial. Garota-propaganda da competição, Beth frustrou toda a torcida local ao cair nas eliminatórias e ficar fora da final das barras assimétricas, aparelho do qual já foi campeã mundial. Mas a britânica deu a volta por cima, se classificou à decisão do solo com a segunda melhor nota e, na final, assegurou o único ouro dos donos da casa, fazendo a festa dos torcedores presentes na Arena O2 no último dia.
AS DECEPÇÕES DO MUNDIAL
1- Diego Hypolito: Brasileiro era a grande esperança de medalha do Brasil no Mundial de Londres, cotado para o tricampeonato no solo. Mas fez uma apresentação aquém do seu melhor nas eliminatórias e sequer passou à final. Embora se saiba que o pouco tempo de treino devido a uma cirurgia no ombro foi determinante para o resultado, o próprio Diego admitiu a frustração de ficar fora da decisão: "Pra mim, será muito estranho não ter mais competições nos próximos dias em Londres. Não vim para passear".
2- Jonathan Horton: O norte-americano conquistou a prata no individual geral nos Jogos de Pequim-2008 e neste ano faturou nada menos do que três ouros e uma prata no difícil Campeonato Nacional de ginástica. Mas no Mundial, o jovem ginasta do Texas acumulou insucessos. Na final de individual geral, errou em praticamente todos os aparelhos e ficou na melancólica 17ª colocação. E na decisão da barra fixa, seu melhor aparelho, caiu e não passou sequer dos 14 pontos, ficando em último lugar.
3- Rússia: Uma das mais tradicionais nações na ginástica artística mandou a Londres um time que contava com a já experiente Ksenia Semenova, campeã europeia de individual geral, e com a promissora Ekaterina Kurbatova. Mas as duas foram muito mal. Semenova não passou do 13º lugar na final de individual geral, e Kurbatova ficou em 4º lugar no salto. Com isso, os dois únicos bronzes da Rússia no Mundial foram de homens: Yury Ryazanov no individual geral e Anton Goltsutskov no salto.
4- Un Jong Hong: Campeã olímpica nos Jogos de Pequim, em 2008, a norte-coreana Un Jong Hong era o grande nome de seu país no Mundial e esperança certa de medalha na prova de salto. Nas eliminatórias, ela foi bem, fez a segunda maior nota e causou uma promessa de bom duelo com a promissora norte-americana Kayla Williams. Mas na grande final, Hong conseguiu cair na aterrissagem de seus dois saltos e ficou distante do pódio, apenas na quinta colocação.
5- Rebecca Bross: A ginasta conquistou a prata no individual geral e o bronze nas barras assimétricas em Londres. Por que então foi uma decepção? Apesar de ter só 16 anos, Bross chegou ao Mundial como uma das promessas do time norte-americano graças às três medalhas obtidas no Campeonato Nacional. Em Londres, porém, ela errou em momentos decisivos, tendo protagonizado uma das maiores "zebras" da competição. Após chegar ao último aparelho do individual geral com vantagem de mais de 1,5 ponto para a compatriota Bridget Sloan, Rebecca foi mal no solo, caiu no chão e viu a rival ficar com a medalha de ouro.
6- Ana Porgras: Carregando o peso de compensar as ausências da aposentada Steliana Nistor e da lesionada Sandra Izbasa, a romena foi um dos destaques do primeiro dia de eliminatórias do Mundial, avançando à quatro finais e confirmando o status de atual campeã nacional. Mas nas decisões, a jovem que ainda nem completou 16 anos sentiu a responsabilidade de representar uma das principais escolas da ginástica mundial e acabou decepcionando, subindo ao pódio apenas na prova de barras assimétricas.

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