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Após romper com Cielo, Fla define não prosseguir com apoio à ginástica

Sem apoio, ginastas com Diego Hypólito (e) e Jade Barbosa devem deixar o Flamengo e buscar novo clube - Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
Sem apoio, ginastas com Diego Hypólito (e) e Jade Barbosa devem deixar o Flamengo e buscar novo clube Imagem: Luiz Carlos Murauskas/Folhapress

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/03/2013 19h00

Os esportes olímpicos definitivamente não são prioridade na nova gestão do Flamengo. Após a decisão de não renovar o contrato do nadador Cesar Cielo no início deste ano, a diretoria, que assumiu o clube em janeiro, resolveu encerrar o apoio aos atletas da ginástica artística. A confirmação ocorrerá na noite desta segunda, em reunião do conselho diretor na Gávea.

Atletas de ponta do clube e da seleção brasileira, como Daniele Hypólito, Jade Barbosa e Diego Hypólito terão que procurar novos clubes e patrocinadores para seguir o treinamento visando competições nacionais e internacionais.

Comunicada informalmente a alguns profissionais no último fim de semana, a decisão do vice de esportes olímpicos Alexandre Póvoa e do diretor Marcelo Vido pegou de surpresa os atletas rubro-negros e causou temor em outros esportes do clube da Gávea.

E não é para menos. Outro esporte que também deve sofrer cortes é o judô. Com inúmeros atletas e técnicos de seleção brasileira, a atividade terá custos reduzidos e prosseguirá apenas com judocas de base e escolinhas, bem como a ginástica.

A intenção da diretoria é diminuir gastos em diversos setores do clube enquanto não consegue uma solução para a crise financeira que assola o Flamengo.

O único esporte olímpico de alto investimento a se salvar momentaneamente é o basquete. A insegurança, porém, também toma conta de atletas e técnicos, já que não se sabe o futuro da modalidade após o fim da disputa do NBB.

Inicialmente, a intenção da diretoria era cortar pela metade o orçamento anual da equipe, mas a boa campanha dentro das quadras e o apelo da torcida podem reverter este cenário. 

Procurado para comentar a decisão, o vice Alexandre Póvoa não atendeu às ligações da reportagem. O diretor Marcelo Vido também não foi localizado.