UOL Esporte Futsal
 
20/10/2008 - 07h27

Campeão em 89, flamenguista Adílio lembra de torcida de Romário

Renan Prates
No Rio de Janeiro
Ele marcou época com a camisa do Flamengo, mas também foi campeão com a seleção brasileira de futsal. O meio-campo Adílio, que no futsal era ala-pivô, participou da campanha do time campeão em 1989, primeiro título do Brasil em uma competição organizada pela Fifa.

O ex-jogador, que agora dá as suas corridas diárias na praia da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, relembrou com carinho de um torcedor ilustre naquele campeonato.

"O Romário estava na Holanda [jogava no PSV] e foi nos prestigiar, isso ficou marcado para nós", relembrou.

Na entrevista ao UOL Esporte, ele contou mais detalhes da campanha do título de 1989. Leia na íntegra.

UOL Esporte: Como foi a sua experiência no futsal? Veio antes ou depois do campo?
Adílio: Estava jogando no Barcelona do Equador na época, mas já havia começado minha carreira no futebol de salão Flamengo desde garoto. Joguei no infanto, na seleção carioca. O Bradesco tinha um time sensacional na época. Meu treinador fazia parte da diretoria do Bradesco. Quando voltei para o Brasil ele me convidou para disputar essa Copa do Mundo por eu já ter uma experiência no salão.

UOL Esporte: O que aquele time de 89 tinha de especial? Você lembra bem daquela época?
Adílio: Me lembro muito bem daquele time, era a base do Bradesco mais o pessoal de Brasília, os dois melhores clubes da época. No futebol de cinco a bola quicava muito. A gente trabalhava muito bem o entra e sai de jogadores, facilitava muito.

A nossa proposta era mostramos ao mundo todo que éramos capazes de fazer um torneio internacional de futsal. O João Havelange [presidente da Fifa na época] queria muito que isso acontecesse.

UOL Esporte: Vocês venceram a Holanda na casa deles. Como suportaram a pressão?
Adílio: Era muita torcida contra. Mas nós tivemos uma torcida especial nossa. O Romário estava na Holanda [jogava no PSV] e foi nos prestigiar, isso ficou marcado para nós. Apesar da maioria ser da Holanda, tinha muitos torcedores do Brasil também.

Foi um jogo muito difícil. O Brasil teve o controle até o final. Acabei nem entrando na partida. Estava tranqüilo esperando a oportunidade de entrar. Foi tudo muito rápido. A proposta era entrar no segundo tempo, mas nós marcamos os gols e o jogo acabou quando eu ia entrar. Tenho medalha até hoje.

O título ficou sim marcado. Fomos campeões, abraçamos o Havelange, conversamos muito com ele. Tenho contato com o pessoal todinho até hoje.

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