UOL Esporte Futebol
 
01/04/2009 - 18h22

Vice-lanterna Bolívia massacra, e Argentina sofre goleada histórica

Do UOL Esporte
Em São Paulo
Depois de uma grande vitória por 4 a 0 sobre a Venezuela na estreia do técnico Diego Maradona em casa, a última coisa que a torcida argentina esperava nesta quarta-feira era levar uma goleada da vice-lanterna Bolívia. Mas aconteceu. Jogando em casa, em La Paz, os bolivianos venceram sem problemas e atropelaram os argentinos por 6 a 1.

Com esse resultado, a Argentina pode despencar na classificação das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010 ao final da rodada. Tendo entrado em campo na segunda colocação, os argentinos podem terminar o dia no quarto lugar dependendo dos resultados do Brasil, que pega o Peru, e do confronto entre Chile e Uruguai.

BOLÍVIA MASSACRA A ARGENTINA
Maradona já começou preocupado com o jogo, pois a Bolivia logo marcou o primeiro
O ex-cruzeirense Marcelo Moreno abriu o placar para o massacre dos bolivianos
Bolivianos comemoram um dos três gols marcados por Botero na goleada de 6 a 1
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Essa foi a pior goleada da história da Argentina, igualando o placar sofrido para a Tchecoslováquia na Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Essa também foi a pior derrota do time nas eliminatórias sul-americanas, passando o 5 a 0 aplicado pela Colômbia no torneio classificatório para o Mundial de 1994.

Mais uma vez a seleção andina contou com o reforço dos 3.650 metros de altitude de sua capital, mas o treinador argentino não pôde reclamar. Isso porque Maradona foi um dos defensores das partidas acima dos 2500 metros, quando a Fifa tentou proibi-las. "Que venham e joguem com a paixão de vocês [bolivianos], que querem atuar em sua terra", disse.

"Nós - incluindo eu, em nome de todos os argentinos - dizemos que não temos medo da altitude. Vocês têm de jogar onde nasceram e isso ninguém pode proibir, nem mesmo Deus pode. Menos ainda [Joseph] Blatter [presidente da Fifa]", completou, na época da polêmica, o atual técnico da seleção argentina, que sofreu sua primeira derrota no comando do time nacional.

Sem tomar conhecimento dos adversários, a Bolívia foi para cima da Argentina desde o início e conseguiu abrir o placar logo com 11min do primeiro tempo. O ex-atacante cruzeirense Marcelo Moreno recebeu passe na marca do pênalti, tirou do zagueiro e bateu no canto direito de Carrizo para marcar o primeiro.

Assustada com a pressão dos bolivianos, a Argentina ainda conseguiu esboçar uma reação. Com 24min da etapa inicial, González arriscou um chute de longe e a bola saiu fraca, mas o goleiro da casa Arias aceitou para o empate argentino.

Então, ainda aos 33 min do primeiro tempo começou o show do atacante Botero. Zanetti tentou sair jogando da área argentina, mas errou e cometeu pênalti em Da Rosa. Na cobrança, o camisa 9 da Bolívia não desperdiçou. No final da etapa inicial ainda houve tempo para Da Rosa marcar o terceiro para os donos da casa.

A MALDIÇÃO DO NOME CARRIZO
A história pregou uma peça na seleção argentina. Além de igualar sua pior goleada sofrida, os goleiros das derrotas em La Paz nesta quarta-feira e na Copa do Mundo de 1958 para a Tchecoslováquia tinham o mesmo sobrenome.
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A seleção boliviana começou o segundo tempo da mesma forma do primeiro, atacando os argentinos sem nenhum pudor. Com isso, o quarto gol saiu com apenas 8min. Marcelo Moreno chegou à linha de fundo pela direita, levantou a cabeça e cruzou na medida para Botero e balançar pela quarta vez as redes de Carrizo.

A grande atuação do camisa 9 boliviano foi coroada aos 20min da etapa complementar. Botero recebeu lançamento na meia-lua, dominou e bateu na saída do goleiro argentino. O atacante boliviano marcou o seu terceiro gol na partida e assumiu a artilharia das eliminatórias sul-americanas com oito tentos.

O último gol dos bolivianos saiu já no final da partida, com 41min do segundo tempo. Torrico arriscou um chute rasteiro de longe e o goleiro Carrizo aceitou, dando números finais ao placar.

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