O Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras vetou o contrato paralelo do sócio João Mansur, que intermediou o acordo com a construtora WTorre para a criação da Arena Palestra Itália. Na última quinta-feira à noite, o comitê alviverde debateu a respeito da existência do documento que assegurava um "salário" ao afiliado e decidiu cancelar os pagamentos.
O Palmeiras deveria arcar com despesas de R$ 25 mil para Mansur até o início das obras, no segundo semestre deste ano. Depois, o valor subiria para R$ 75 mil por mês até o término da construção.
O acordo, inclusive, contou com as assinaturas de José Cyrillo Júnior, ex-diretor administrativo e hoje responsável pelo planejamento do clube, e Salvador Hugo Palaia, ex-diretor financeiro. Ambos teriam recebido o apoio de Carlos Facchina, ex-presidente do Palmeiras, para selar a documentação.
A notícia do contrato pegou a nova diretoria alviverde de surpresa. O primeiro pagamento chegou a ser feito em janeiro, mas a quitação do vencimento de fevereiro alertou o presidente, Luiz Gonzaga Belluzzo, que apresentou o contrato ao COF em seguida.
"Na realidade é um contrato sem validade nenhuma. As pessoas que deveriam assinar não o fizeram. Ele não passou pelo departamento jurídico do Palmeiras e nem contou com a assinatura do presidente. Então, não tem sentido", argumentou ao
UOL Esporte Seraphim Del Grande, ex-presidente do Conselho Deliberativo e atual membro do COF.
O COF confirmou também que vai abrir sindicância para descobrir como o contrato foi feito e ainda vai buscar o ressarcimento dos R$ 25 mil que foram pagos em janeiro. Além de deliberar sobre Mansur, o conselho, formado por 15 membros titulares, debateu a respeito da compra de alguns imóveis próximos ao Parque Antarctica para a construção da Arena Palestra Itália. Belluzzo já estabeleceu o segundo semestre de 2009 como prazo final para o início das obras.
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