UOL Esporte Futebol
 
17/02/2009 - 10h47

Kalil pede afastamento de árbitro "ligado" ao rival Cruzeiro

Do UOL Esporte
Em Belo Horizonte
Em mais um capítulo da polêmica envolvendo a arbitragem mineira, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, encaminhará, nesta terça-feira, ao presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa da Silva, pedido de afastamento do árbitro Ricardo Marques Ribeiro, que entrou para o quadro da Fifa neste ano.

Thiago Nogueira/UOL Esporte
Thiago Nogueira/UOL Esporte
Kalil alega que árbitro está impossibilitado de apitar partidas de Atlético e Cruzeiro
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DIRIGENTE NÃO TEME SER PUNIDO
O dirigente alega que o árbitro é funcionário do vice-presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, o juiz Wanderley Salgado de Paiva. Em carta endereçada ao presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Kalil afirma que Ricardo Marques Ribeiro está impossibilitado de apitar jogos do Atlético e do Cruzeiro.

"A simples subordinação hierárquica, presente ou passada, impede o árbitro Ricardo Marques Ribeiro de atuar nos torneios dos quais participem o Clube Atlético Mineiro e/ou o Cruzeiro Esporte Clube", disse o dirigente na carta divulgada no site oficial do Atlético.

O presidente atleticano põe em suspeita a atuação do árbitro. "Lembramos que o mencionado árbitro foi suspenso pela Comissão Nacional de Arbitragem pelos erros cometidos em partidas da Sociedade Esportiva Palmeiras e foi alvo de reclamações do Clube de Regatas do Flamengo, que disputava vaga na Copa Libertadores de América do ano de 2009 com o Cruzeiro Esporte Clube", disse Kalil na carta.

Relação profissional

Em entrevista à Rádio Itatiaia, Ricardo Marques Ribeiro disse que mantém uma relação profissional com Wanderley Paiva no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. "O fato de o doutor Wanderley ser vice-presidente do Conselho não tem qualquer relação com a minha atividade enquanto árbitro. Eu sei muito bem separar uma coisa da outra", afirmou.

Segundo o árbitro, a relação entre ambos é profissional e não há interferência do juiz em sua atividade como árbitro.

"Temos uma relação profissional aqui no Tribunal e jamais, em tempo algum, sofri qualquer tipo de interferência do doutor Wanderley ou de qualquer outra pessoa. Sempre procurei pautar minha carreira com muita ética. Acho que foi infeliz a declaração do presidente (do Atlético). Estou tranquilo, já trabalhei em jogos do Atlético, do Cruzeiro e do América, jamais foi colocado sob suspeita a minha arbitragem", ressaltou Ricardo Marques Ribeiro.

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