Afastado, por tempo indeterminado pela comissão de arbitragem da Federação Mineira de Futebol (FMF), Alicio Pena Júnior teve sua atuação no clássico duramente criticada não apenas pelo perdedor Atlético, mas também pelo vencedor Cruzeiro. O presidente do clube celeste, Zezé Perrella, acusa o árbitro de fazer média com o adversário, após a não marcação, logo no começo, de uma falta a favor do time atleticano.
"Ao deixar de dar uma falta a favor do Atlético-MG próxima à área do Cruzeiro nos primeiros minutos da partida, o juiz se descontrolou e passou o restante do jogo tentando fazer média com o nosso rival. O que vimos na sequência foi uma atuação lamentável, com o árbitro errando em diversos lances e nos prejudicando terrivelmente", afirmou Zezé Perrella, em carta aberta publicada no site oficial do Cruzeiro.
Segundo ele, a atuação de Alício Pena Júnior foi considerada ruim por todos aqueles que acompanharam o clássico. "A confusão foi tamanha que Alício marcou um pênalti inexistente para o Atlético-MG no segundo tempo e ainda deu cinco minutos de acréscimo na segunda etapa, sem nenhuma justificativa para tamanha prorrogação", criticou.
O dirigente celeste atribuiu boa parte dos "absurdos" cometidos pelo árbitro à pressão que o mesmo sofreu desde o erro no primeiro lance. "No intervalo o treinador do Atlético (
Leão) entrou em campo para reclamar com Alício, mas o atônito árbitro não tomou nenhuma providência", comentou.
Zezé Perrella lembrou que já houve problema anterior envolvendo Alício Pena Júnior e o Cruzeiro. Ele se referiu ao jogo entre o seu time e o Ipatinga, em 2007. "Na ocasião o senhor Alício Pena Júnior simulou uma suposta cabeçada do zagueiro André Luiz em seu rosto. No primeiro julgamento nosso jogador chegou a receber uma suspensão de 120 dias, mas, posteriormente, o STJD reconheceu a encenação e, além de reduzir a pena do zagueiro, afastou Alício Pena Júnior da arbitragem por 60 dias", lembrou.
O dirigente celeste aproveitou a oportunidade para provocar o presidente atleticano, Alexandre Kalil, que chamou Alicio de "ladrão", no domingo após o clássico. "Apesar de tudo, jamais, mesmo com as barbaridades daquele caso, o Cruzeiro atacou a honra do cidadão Alício Pena Júnior, que sempre foi respeitado pela nossa instituição como homem e pai de família", disse.
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