23/01/2009 - 01h13

Paulo Carneiro recomenda boas maneiras à torcida do Bahia

Aurelio Nunes
Especial para o UOL
Em Salvador

O novo diretor de futebol do Bahia, Paulo Carneiro, chegou atrasado, mas não conseguiu passar despercebido na cerimônia de apresentação do Estádio de Pituaçu.

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Carneiro esteve em Pituaçu sob o pretexto de pedir ao governador Jaques Wagner a liberação do campo para um treino de reconhecimento do gramado antes da partida contra o Ipitanga, mas acabou falando muito mais.

Ao defender o trabalho do governo do Estado das críticas quanto ao custo das obras de reforma e ampliação da praça esportiva, Carneiro exigiu que os torcedores do Bahia se comportem de maneira diferente daquela observada nos jogos realizados na Fonte Nova.

"O torcedor precisa aprender a se educar, não pode sair por aí urinando e pisando nos assentos pois aqui tem instalações e espaço adequados para isso", alertou.

Carneiro, que reclama na Justiça do Trabalho uma indenização de R$ 1 milhão do Vitória e é alvo de uma ação de destituição do Conselho Deliberativo rubro-negro, disse que "Pituaçu é do Bahia", mas que o estádio, por si só, não vai levar o time de volta à Série A do Brasileiro.

"Quando o time não tem qualidade não há pressão da torcida que dê jeito. O jogador do Bahia sabe que está vestindo a camisa de um clube campeão brasileiro e se não se comportar como tal não poderá permanecer no clube".

Paulo Carneiro diz que não sente a pressão por ter mudado de lado e voltou a justificar sua atitude por identificação com o projeto do presidente Marcelo Guimarães Filho. "Ele foi muito ousado em ter me contratado, mas eu não entro em campo, não bato pênalti, sou apenas uma ferramenta cujo papel é criar a retaguarda para os atletas".