UOL Esporte Futebol
 
22/01/2009 - 19h04

Federação Paulista admite que Ceni estava liberado para jogar

Rafael Prada e Rodrigo Farah
Em São Paulo
O empate por 1 a 1 entre São Paulo e Ituano na estreia das duas equipes no Campeonato Paulista tornou-se assunto secundário após um novo incidente envolvendo o São Paulo e a Federação Paulista de Futebol. Após Rogério Ceni revelar que sua escalação correu risco, pois ele teria que cumprir suspensão por ter recebido três cartões amarelos na competição de 2008, a FPF reconheceu que o goleiro tinha realmente condições de atuar na última quarta-feira.

De acordo com o Departamento Técnico da Federação, o são-paulino recebeu a terceira advertência em sua última partida pelo Paulista do ano passado, na semifinal contra o Palmeiras, mas não precisava cumprir suspensão em 2009. Segundo as regras da FPF e da Confederação Brasileira de Futebol, a suspensão vale para partida seguinte no mesmo torneio e não para outra competição, seja esta na sequência ou não.

Após o empate no estádio do Morumbi, Rogério Ceni afirmou que o quarto árbitro, Raphael Claus, tentou impedir sua escalação momentos antes da partida. A secretária do presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, foi quem admitiu o erro e liberou participação do jogador. Mas não porque o atleta não recebeu o terceiro amarelo, como de fato ocorreu, mas sim porque a suspensão não é válida para a competição seguinte.

O zagueiro André Dias foi expulso na mesma partida em que Ceni recebeu o terceiro amarelo, mas não constava no sistema da FPF entre os suspensos, como ocorreu com o goleiro são-paulino. O atleta foi julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva, de acordo com a Federação, e teve sua punição revertida para 20 cestas básicas. Ao contrário dos três cartões amarelos, quando o atleta recebe o vermelho é necessário, teoricamente, o cumprimento da pena até mesmo em competições seguintes.

Del Nero foi o pivô do racha entre o clube e a Federação depois do Campeonato Brasileiro do ano passado, quando o São Paulo conquistou o título. Na última rodada, o dirigente sugeriu à CBF e à comissão de arbitragem o veto à escalação de Wagner Tardelli no jogo contra o Goiás devido a uma suposta tentativa de "suborno", que não foi confirmada.

A atitude gerou protestos do São Paulo, que rompeu relações publicamente com a entidade e ameaçou disputar o Paulista com o time reserva pelo ocorrido, fato que ainda não se consumou. Na última quarta, o técnico Muricy Ramalho utilizou a base da equipe que conquistou o Brasileiro no ano passado.

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