UOL Esporte Futebol
 
08/11/2008 - 21h19

Dirigente do São Paulo acusa influência palmeirense no Canindé

Guilherme Costa
Em São Paulo
O São Paulo venceu a Portuguesa, manteve a liderança do Campeonato Brasileiro e criou um clima de festa nas arquibancadas do Canindé. Ainda assim, o clima nos vestiários do estádio paulistano não era de harmonia. Tudo porque o vice-presidente de futebol da equipe visitante, Carlos Augusto Barros e Silva, resolveu disparar acusações contra os anfitriões.

A principal reclamação de Barros e Silva, mais conhecido como Leco, é que o Palmeiras teria participado diretamente do confronto deste sábado. O time do Parque Antarctica é o vice-líder do Campeonato Brasileiro, estava a um ponto do São Paulo até o início da rodada e protagonizou uma série de especulações sobre um incentivo financeiro para a Portuguesa.

"Ouvi de pessoas da minha total e absoluta confiança que havia um camarote reservado no Canindé para pessoas ligadas ao Palmeiras. Achei muito estranho que eles tivessem tanto interesse em uma partida que não tinha nada a ver com o time deles", teorizou Leco.

Além disso, o dirigente lembrou que o técnico da Portuguesa, Estevam Soares, almoçou com o tesoureiro do Palmeiras, Francisco Campizi Buzico, durante a semana que antecedeu o confronto entre a equipe rubro-verde e o São Paulo: "Fiquei sabendo disso pela imprensa, mas é muito complicado acontecer algo assim. Precisamos averiguar".

Com base nas acusações sobre o camarote reservado a palmeirenses e o almoço de Estevam com um representante do clube alviverde, Leco questionou a lisura da disposição da Portuguesa neste sábado. Segundo o dirigente, a equipe da casa correu mais do que o normal.

"Eles tiveram uma vontade acima da média. Sinceramente, um time que corre assim não pode estar na situação em que eles estão. Aí você junta as coisas e tem uma idéia estranha sobre o que aconteceu. O futebol não tem ética", disparou o vice-presidente tricolor.

Curiosamente, porém, o São Paulo recebeu apenas um cartão amarelo em toda a partida, de André Dias, no início do segundo tempo. A Portuguesa foi punida cinco vezes, com Bruno Rodrigo, Gavilán, Jonas, Wilton Goiano e Heverton.

"Foi até pouco. Se você assistiu ao jogo, viu que eles bateram demais! A Portuguesa não tentou jogar, mas o árbitro foi condescendente com a pancadaria. Nosso time não conseguia trocar dois ou três passes, e isso não é uma opinião só minha. Tenho certeza que o presidente Juvenal Juvêncio e que o diretor João Paulo de Jesus Lopes também acham isso", argumentou Leco.

Entre tantas declarações incisivas, o vice-presidente de futebol do São Paulo só evitou atrelar as críticas a Wilson Luiz Seneme ao discurso sobre a influência do Palmeiras na partida deste sábado: "Ele não foi mal porque estava mal intencionado, mas porque teve um dia ruim. Foram vários erros, como um pênalti não marcado para a nossa equipe. Isso poderia ter custado a liderança e até o título".

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